segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Responsabilidade


Responsabilidade. Passamos a vida a ouvir falar dela, apesar de que, na maior parte das vezes, ela é apenas referida com um –i atrás (“És um irresponsável!”)... Afinal o que é isto de responsabilidade? Cada um que leia isto, pense num conceito e o deixe, depois, aqui escrito. Quando eu penso em ser responsável, mais facilmente me vem à ideia de que ser responsável é ser-se capaz de assumir os seus erros... Claro que de seguida me lembro de muitas mais coisas, mas este é o conceito que emerge desde logo na minha cabeça. Ora, no outro dia li um conceito de responsabilidade que era mais ou menos isto: a responsabilidade não é capacidade de assumirmos os nossos erros, mas sim a capacidade de pensarmos nas consequências da acção antes de agir. De facto tem toda a lógica e assim evitamos aquele sentimento de culpa que nos rói por dentro dias e dias, ou pelo menos horas, quando pensamos em todos os “se”, incluindo, “se eu tivesse gasto nem que fosse mais 1 segundo a pensar no que ia fazer...”


E olhem que parecendo que não, 1 segundo até pode ser muito tempo.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Greenpeace?!! ou será Greendolares?!!


Antes de mais devo dizer que não tenho nada contra as ONGs! É para que fique claro… Já tinha prometido este post a algum tempo ao mentor deste Blog. Depois de tanta promessa cá está o prometido. O mentor deste blog sabe que eu já a algum tempo ando a coleccionar certas notícias de uma ONG em particular, de seu nome: Greenpeace. Mais uma vez reitero que nada tenho contra esta associação, apenas considero que toda a verdade deve ser divulgada. Começando, para quem não sabe a Greenpeace (porque acredito que muita gente que por aí anda não sabe o que é verdadeiramente a Greenpeace, no entanto, proclama aos 7 mundos que são membros desta ONG) é uma organização nao-governamental com sede em Amesterdão e escritórios espalhados por 41 países. Actua internacionalmente em questões relacionadas à preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável (????), com campanhas dedicadas às áreas de florestas (Amazónia no Brasil), clima, nuclear, oceanos, engenharia, genética, substâncias tóxicas e energia renovável. A organização, criada em 1971 no Canadá por imigrantes americanos, é financiada com dinheiro de pessoas associadas apenas, não aceitando recursos de governos ou empresas. Tem actualmente cerca de 3 milhões de colaboradores em todo o mundo – 40 mil no Brasil – que doam quantias (avultadas diga-se por sinal!) mensais que variam de acordo com o país. Mas reparem no que se segue: a actuação da Greenpeace é baseada nos pilares filosóficos-morais da desobediência civil (sim desobediência leram bem! E já vão perceber o porquê desta desobediência!).


Em breves traços passo a descrever algumas das peripécias mais famosas desta organização. Então, podemos começar pelas famosas embarcações da Greenpeace (GP) que não respeitam ninguém atracando sem autorizações nos portos deste mundo, o que leva a que a GP seja constantemente condenada pelos tribunais deste mesmo mundo (mas eles não se importam afinal os seus associados pagam estas multas! Como eles dizem: NO PROBLEM!). Em Novembro de 2003, por exemplo, uma embarcação da ONG, o Esperanza, foi impedido de atracar no porto de Miami pelas autoridades portuárias. Ocorre que, em Julho do mesmo ano, a GP foi processada e condenada pelo governo dos EUA (Ministério Público) num processo aberto por “abordagem ilegal e conspiração” devido à acção de seis activistas da GP, ocorrida em Abril de 2002, ao invadirem o navio APL Jade que preparava-se para entrar no porto de Miami. Além da invasão, os activistas bloquearam a passagem do navio com manobras perigosas feitas por três botes, por acreditarem que a embarcação transportava consigo produtos de contrabando do Brasil. Não era o caso e a GP foi processada e multada em mais de US$ 10 mil por cada acusação. Só tenho duas palavras para isto: Bonito serviço!


A GP possui os seus propósitos e métodos para a arrecadação de dinheiro que monta a centenas de milhões de dólares por ano. Tomemos como exemplo o folheto Greenpeace: tropa de choque do "governo mundial". Lá podemos ver o que disse Robert Hunter, um dos fundadores da ONG, sobre a táctica de propaganda da organização: “Não é que tenhamos mentido. Isto nunca é feito na propaganda moderna. Mas pintávamos um quadro muito exagerado sobre os múltiplos perigos que seriam deflagrados... tsunamis, terramotos, nuvens radioactivas, dizimação da pesca. Nunca dissemos que isto aconteceria, mas que poderia acontecer.” Assim, Hunter enunciou a máxima do marketing manipulativo da GP: “Em lugar de mísseis, nós disparamos imagens: bombas mentais transportadas pela media mundial”. Ou seja, para arrecadar dinheiro das pessoas, a GP promove as suas criações gráficas (normalmente imagens, fotos, montagens…) como "acções directas" levadas a cabo por activistas profissionais, para causar o maior impacto possível e assim obter cobertura dos media nacional e internacional.

Na Alemanha, como ocorre em toda parte e com todas as ONGs, a GP é considerada uma entidade beneficente sem fins lucrativos. Agora, porém, às voltas com uma virtual explosão de organizações do chamado “terceiro sector” no país, o governo alemão está a questionar tal classificação e ameaça retirar parte das isenções fiscais que as favorecem, e a multinacional “verde” está nesse lote. Em Agosto de 2006, o comité científico assessor do Ministério das Finanças alemão divulgou um duro relatório sobre o “terceiro sector”, no qual chamava a atenção para a proliferação caótica de organizações beneficentes no país, muitas das quais representavam grupos de interesses especiais que aproveitavam as vantagens fiscais para influenciar a opinião pública em favor dos seus interesses. Por conseguinte, o comité sugere uma redefinição do conceito de “sem fins lucrativos” de que gozam tais entidades, e que as isenções fiscais só sejam conferidas a organizações que proporcionem “vantagens colectivas reais”. Filiada em Hamburgo, a GP alemã é a mais rica entre as 27 filiaisinternacionais da multinacional “verde”. Em 2006, a sua arrecadação foi de aproximadamente 40 milhões de euros, proporcionada pelos seus 550 mil contribuintes no país, o que lhe permite arcar com uma grande parcela dos custos das operações mundiais da organização. Sem as vantagens fiscais, essa contribuição ficaria seriamente ameaçada, com sérias implicações para a GP Internacional.

O problema é que o Ministério das Finanças está a propor que, para se qualificar como entidades beneficentes, as ONGs ambientalistas não sejam orientadas “primariamente para influenciar politicamente a opinião pública”, mas que os resultados específicos de suas actividades em favor do meio ambiente sejam estritamente avaliadas e comprovadas. E é aí que a coisa fica apertada para a GP, pois apenas algumas das suas actividades se enquadrariam em tais exigências, o que não ocorre, por exemplo, com as suas campanhas contra o fim dos organismos geneticamente modificados (transgênicos) e a energia nuclear na Alemanha.

Mais uma vez quero que fique claro que isto, são só algumas constatações óbvias que o mais comum dos mortais é capaz de chegar. A GP é um grupo de influência que, ao meu ver, pode-se colocar como uma barreira ao progresso científico quando não souber dosear as suas intervenções. Se ele pode arrecadar independentemente o dinheiro suficiente para continuar a apresentar os seus argumentos, boa sorte! Eu apenas discordo que um grupo seja privilegiado em relação a outros e receba uma benesse isenta de impostos para fazer as suas campanhas políticas. Isto resume-se em duas linhas: existem pessoas que discordam dos princípios da organização verde porque não entendo o motivo pelo o qual GP goza de benefícios fiscais em qualquer parte do mundo para apregoar as suas politicas. Se consultarem o site da GP rapidamente se aperceberão que o número de associados tem vindo a diminuir e consequentemente os bolsos da GP começam a esvaziar!

P.S: mais uma vez, este post tal como o outro foi feito numa aula como tal agradeço a compreensão da proff que desta vez não me mandou desligar o portátil porque lhe disse que estava a contribuir para o esclarecimento mundial.

D. R.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Entrega dos Anti-Nobel


Numa altura em que já é sabido todos os vencedores dos prémios Nobel vamos passar então à divulgação dos "anti-Nobel", prémios estes que premeiam personalidades que se destacaram pela negativa nas várias áreas que o Nobel abrange. Façamos então a entrega virtual dos prémios: Para a categoria de prémio "Nobel da guerra" o vencedor é... George W. Bush... não por aquilo que fez este ano mas por aquilo que tem vindo a fazer ao longo do seu mandato presidencial. Provocou uma guerra com o Iraque de onde não quer sair pois, como é sabido, a sua própria família tem interesses no petróleo. E por este mesmo motivo não assinou o protocolo de Quioto; Para a categoria de "Nobel da pobreza" o prémio vai para... Robert Mugabe... pois este tipo conseguiu a proeza de colocar o Zimbabwe com uma inflação invejável de milhares de pontos percentuais que nem os especialistas sabem o valor com precisão apreciável (recordo que a inflação de Portugal está entre 2 e 5 %) ; Para a categoria de "Nobel da epidemia" o prémio vai para... McDonalds... foi através desta multinacional que os jovens de hoje apreciam cada vez mais comida pouco saudável e que faz engordar só porque tem bom aspecto e tem prendinhas pelo meio; para o "Nobel dos erros ortográficos" o prémio vai para... todos nós... (geração msn). Por isso aproveito para pedir a todos para começarem a escrever melhor... sem os k, tb... e tal. Percebo que dá jeito nas mensagens dos telemóvel mas para além disso não poupamos dinheiro nisso!; Para o "Nobel da química para limpeza" o prémio vai para... Ali o Químico... o tipo que pôs uma aldeia do Curdistão (Iraque) a brilhar graças aos produtos químicos que ele próprio "comprou"; Finalmente o "Nobel da utilização de tecnologia de ponta de há décadas atrás para fins civilitares" o prémio vai para... Mahmoud Ahmadinejad... este sim o verdadeiro líder de um país (Irão) sem Gays e que consegue fazer do seu país, recorrendo à tecnologia de ponta dos anos 60, um mundo sem comunicação com o nosso mundo dito "ocidental" ou "infiel", onde existe várias mulheres para cada homem só com o direito de cumprir os deveres.

Esta escolha foi estabelecida por um júri extremamente qualificado que declara que, se houvesse "vencedores" para os prémios de cada categoria, a lista seria muito extensa.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

bittersweet symphony



'Cause it's a bittersweet symphony this life
Trying to make ends meet, you're a slave to the money then you die
I'll take you down the only road I've ever been down
You know the one that takes you to the places where all the veins meet, yeah
No change, I can't change, I can't change, I can't change,
but I'm here in my mold , I am here in my mold
But I'm a million different people from one day to the next
I can't change my mold, no, no, no, no, no

Well, I've never prayed,
But tonight I'm on my knees, yeah
I need to hear some sounds that recognize the pain in me, yeah
I let the melody shine, let it cleanse my mind , I feel free now
But the airwaves are clean and there's nobody singing to me now

No change, I can't change, I can't change, I can't change,
but I'm here in my mold , I am here with my mold
And I'm a million different people from one day to the next
I can't change my mold, no, no, no, no, no

(Well have you ever been down?)
(I can't change, I can't change...)
(Ooooohhhhh...)

'Cause it's a bittersweet symphony this life
Trying to make ends meet, trying to find some money then you die
I'll take you down the only road I've ever been down
You know the one that takes you to the places where all the veins meet, yeah
You know I can't change, I can't change, I can't change,
but I'm here in my mold, I am here in my mold
And I'm a million different people from one day to the next
I can't change my mold, no,no,no,no,no
I can't change my mold, no,no,no,no,no
I can't change my mold, no,no,no,no,no

(It justs sex and violence melody and silence)
(It justs sex and violence melody and silence)
(I'll take you down the only road I've ever been down)
(It justs sex and violence melody and silence)
(I'll take you down the only road I've ever been down)
(Been down)
(Ever been down)
(Ever been down)(Lalalalalalaaaaaaaa...)
(Ever been down)
(Ever been down)
(Have you ever been down?)
(Have you ever been down?)
(Have you ever been down?)

Como dizia o Tiago "..o que eu gosto mesmo é de fumar uns charros..a sério, temos de libertar a mente de tanta pressão que nos rodeia no dia-a-dia...e ganhar coragem para ver as coisas de forma diferente...".
É isso mesmo. Não estou a incitar o consumo de pseudo narcóticos ou lá que merdices são essas.
Nada disso.
O que interessa é a atitude. É a maneira de encararmos as porras e esquemas marados em que somos envolvidos nesta realidade.

É dizer FODASSE!

Parar.
Parar.
Mas parar para pensar. Apreciar a realidade.
Mas aprecia-la na sua verdadeira essência. Na sua verdadeira pureza. Na sua forma mais básica.
Nem sempre é fácil sentir assim tão avivadamente a vida. Mas de vez em quando aparece algo que nos faz sentir um arrepio na espinha e compreender essa realidade que nos envolve. Uma saca plástica a voar(?), um reflexo de luz na água, uma música, um som....
Um sentir sentir.


Fodasse.
It's a bittersweet symphony this life.
Nem tudo é bom.
Todos passamos maus bocados.
Mas a vida nunca deixa de ser uma sinfonia.
Uma sinfonia para viver de mente aberta.

(Marta, era mais ou menos isto que eu te queria explicar no outro dia....mas não é fácil....loool)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

“A medicina para merceeiros!”




E isto tudo começa numa aula de Técnicas de Avaliação Psicológica II... Basicamente a aula envolvia ética e medicina lá para o meio. Realizei um simples e singelo raciocínio, que se centra na constatação que diariamente somos abalroados por séries televisivas, que de grosso modo, envolvem sempre batas brancas, agulhas e sangue muito sangue. Então realizei mais um processamento de informação e questionei-me sobre qual o fundamento dessas séries, tipo Dr. House, Anatomia não sei de quem, Serviço de urgência, Erva (Ups! Esta não é! Mas também mete agulhas ao barulho!) enfim por aí! No seguimento disto interrogo-me sobre a veracidade e base científica dos conteúdos tratados nas ditas cujas dessas séries. Rapidamente me apercebi que, por exemplo no Dr. House, algumas das doenças que lá são tratadas não têm cura e algumas (mas poucas) não existem e por aí adiante! Neste momento estão para aí a pensar “lá ta ele a mandar vir do House! Só inventa!” Mas eu não invento nada (excepto nas sms que envio para a Rita). A mim não me preocupa a proliferação destas séries, mas sim causa-me um certo prurido a quantidade de pessoas que andam a tirar cursos de medicina e enfermagem por TV. Começando por Dr. House, se eu perguntar as cinco primeiras palavras que surgem nas vossas mentes sobre esta série, certamente andarão à volta de: arrogante, génio, médico, insociável ou manco. Tudo isso será verdade, no entanto, para além de uma série romanceada (e muito!) House não poderia existir porque esbarraria na primeira esquina do corredor do Hospital. Contudo, é de se tirar o chapéu aos produtores desta serie na criação de uma personagem coxa fisicamente e destruida psicologicamente. Sabendo muito pouco de Psicologia (Freud, “Quem sabe de Psicologia, nem de Psicologia sabe!”), apraze-me dizer que Gregory House deve ter perdido o seu Super-Ego em algum lado e neste momento funciona à base de um Inconsciente que comunica directamente com um Ego distorcido, ou seja, basicamente este tipo nunca seria concebível neste mundo. No entanto, até gosto desta série e de todas que por aí andam é a mais cientifica (leiam “A medicina segundo Dr. House).

Agora, o descalabro aproxima-se: Anatomia de Grey. Confesso que esta não acompanho com a regularidade de outras. Mas, a serie resume-se em 3 linhas: explora as relações de uma médica e dos colegas de um hospital de Seattle, EUA, "Anatomia de Grey" - título que baseado com o conhecido livro do britânico de Henry Grey - tem estado quase sempre nos lugares cimeiros das audiências norte-americanas. E agora perguntam mas é só isso? Resposta: É! Ao contrário de Dr. House, esta não tem ponta de base científica por onde se pegue. Mas isto não é só dizer mal, não! Então, explora as relações de um grupo de profissionais na área da saúde! Sem dúvida os nossos hospitais necessitam é disto! Não precisamos de médicos que cheguem a horas aos seus consultórios, nem muito menos que saibam quantos ossos tem uma mão! Nada disso! Precisamos de profissionais que se dediquem a estabelecer relações para futura exploração! Isso sim! Sr. Ministro da saúde já sabe, invista nos nossos médicos e enfermeiros através do fornecimento de kits de relações.

Falando de coisas que marcam a TV: Serviço de Urgência! A primeira marca sempre! Esta série sim! Podemos dizer que descreve idealmente a vida numa urgência de um qualquer hospital perto de si! Em termos científicos não fica a trás de Dr. House e bate aos pontos a Anatomia de Grey! A qualidade faz a diferença: uma série centrada na dor dos pacientes e não em saber, com quem a Grey foi dormir ontem! Longe da estúpida arrogância inatingível de Dr. House, Serviço de Urgência retrata aquilo a que se pode chamar: VIDA!

Voltando à questão central, como já disse impressiona-me a forma como as pessoas fazem destas séries guias práticos de saúde! Certamente não têm noção da realidade ou então julgam que a vida de “profissional” de saúde se resume a dormir com meio hospital. Falando mais a sério, é um facto que estas série vendem o seu peixe e porquê perguntam vocês e eu? Simples digo eu. Em termos técnicos estas séries podem ser todas catitas e dizem aquilo que as pessoas querem ouvir, isto é, o lado rosa da vida! Para ver a Anatomia, será preferível ver os Morangos com Açúcar não? Só muda o contexto, numa é um “hospital” na outra é uma “escola”. Tipo até dava para poupar na conta da TV Cabo.

Enfim… Como diz uma “amiga” minha (a tal das mensagens inventadas) “a televisão vende medicina para merceeiros! e o meu médico é um merceeiro!” Peço desculpa a esta classe de trabalhadores (sem qualquer tipo de ironia).

D. R.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

constante



Vamos dar um salto evolutivo em relação à mesquinhice desta sociedade em que vivemos.
Vamos ser uma lufada de ar fresco na podridão de rituais overusados da "juventude" portuguesa.
Decidir por nós e não pelas massas.
Vamos de forma eclíptica deixar de usar o MSN Messenger e passar a usar o Google Talk. Messenger nunca mais.
E quando o Google Talk começar a saturar, mudemos para blogs com serviços de Instant Messaging.
Mudança.
Mudança constante.
Não é a mesma coisa que pintar o cabelo de vermelho.
Mas é mudança.


[aceitam-se sugestões de outros programas de instant messaging, para integar neste movimento ridículo]

terça-feira, 9 de outubro de 2007

chamem-me louco


Muito tenho falado (cuspido), sobre entendimento.
Percepção.
Lá o que for que não se consegue explicar bem...
Ando a pensar nisto já à muito tempo.
E nem por acaso tropecei nas palavras de um dito músico português, bastante conhecido e formado em cinema (pouca gente deve saber deste pormenor), que falou pouco, mas até bastante bem (apesar de ser "poético" e vago......mas a realidade assim o é também...).
Ele dizia:

"...sempre me pareceu que o que existe à minha volta tem vários níveis de entendimento.
Há momentos grandes disfarçados de pequenos.
Gente pequena mascarada de grande.
É um mundo misterioso este.
Grande parte do tempo corre-se atrás de coisas sem importância.
E procura-se preencher o vazio que há em todos nós com as mais variadas inutilidades
Passamos ao lado dos pormenores mais insignificantes.
Os vidros embaciados.
As mãos enrugadas pela água quente.
O murmúrio nocturno das grandes cidades.
Aquilo que nos acalma e eleva está mesmo aqui à nossa volta.
Invisível e inclassificável, habita por baixo da camada de ruido permanente que nos envolve.
E atrás de todo esse som, há uma luz.
Atrás desse muro, há uma festa."

Pode parecer louco. E provavelmente, sobre o olhar de uma sociedade preconceituosa, e "pobre de espírito", será mesmo.
Se sou louco por ter a mente aberta a toda esta realidade " que habita por baixo da camada de ruido",
chamem-me louco.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

assim ele vai

Nem sempre é fácil.
Às vezes é até bem simples.
Slaughterhouse 5.
Talvez eu tenha sido ficado demasiado impressionado, mas de facto está a ser muito ler este livro.
2ª Guerra Mundial. Um soldado americano a lutar na Alemanha, e que "acreditando conseguir viajar no tempo e ter sido raptado por extra-terrestres", salta de consciência entre partes diferentes da sua vida. Boa história, com complexidade suficiente para nos fazer pensar bastante, mas acima de tudo com humor de qualidade nos momentos.
Perdemo-nos tentando distinguir a vida da personagem da vida do autor que também lutou na 2ª Guerra Mundial, e que esteve presente no famoso bombardeamento de Dresden.
É engraçado alguns pontos de vista explorados. Por exemplo, os habitantes de Trafalmadore (que são ET's.....enfim....) vêem a realidade de uma forma bastante diferente da nossa. Eles conseguem percepcionar na sua totalidade a quarta dimensão. Ou seja, conseguem ver todo o tempo, como nasceram e como vão morrer. Ora não vivem num "momento", mas em todos os momentos da sua vida. A vida como um todo. Ou seja, morrer é apenas uma pequena parte da sua existência, e não um fim como na percepção humana.
Muito esquisito.
E até estúpido. Mas ao menos sem tantas dimensões "temos a sensação" que conseguimos controlar a nossa vida. Tomar boas e mãs decisões.

Há uma parte muito boa do livro, em que o protagonista, tão martirizado com todo o que viu durante a guerra diz algo assim: "...todas as guerras deviam ser realizadas de trás para a frente como que passando um filme para trás. Bombas a deixarem de ser explodidas e a entrarem nos aviões e soldados a "regressarem" a casa..."

É sempre bom abrir os olhos para uma percepção diferente.
E melhor ainda viver diariamente assim.
Num despertar constante perante a vida.

http://www.youtube.com/watch?v=5wZqM49LioM

terça-feira, 2 de outubro de 2007

e assim foi



Muito bom mesmo. Apesar das confusões (que têm de ser porque afinal de contas é para melhor) provocadas por um Processo (cujo nome estou impedido de enunciar por questões de esparguete à bolonhesa...), afinal parece que sempre vou aprender mais este ano, no que nos últimos dois. Mas também, tendo sido comprimidos três anos num, é capaz de dar assim a sensação de que de facto estamos a aprender a um ritmo normal....
Ora. Fomos solicitados a participar no Szpilman Award, um concurso que premeia projectos inovadores, que tenham como base a efemeridade. Ou seja, que ocorram num curto espaço de tempo. Efémeros. Fizemos depois assim uma pseudo mostra desses trabalhos, e os resultados foram extremamente diversos. Desde coisas completamente despropositadas e com um lado "poético" extremamente desenvolvido até "performances" que simplesmente abriram a nossa mente. Uma dessas performances foi mesmo genial. Tipo daquele género de coisas que mereciam ser gravadas. Mas assim já se perdia a efemeridade...

Bem.
Imaginem o seguinte panorama.
Um corredor gigante.
Todas as pessoas da turma encostadas às paredes do corredor.
E o "realizador da performance" a vir a correr pelo meio de nós com o punho cheio de moedas de 1centimo (acho que era quase 2 euros....) e a simplesmente atira-las para a frente como numa esplêndida jogada de bowling.
Espectacular!
Muito bom mesmo ver todas aquelas moedas a rolarem pelo corredor como uma manta gigante de moedas a pairar sobre o ar.
Mas melhor ainda foi ver a reacção das pessoas. Este acto gerou (como se pode supor....) bastante barulho. Por isso logo que a nuvem de moedas passava à frente de uma sala logo se abria uma porta com uma pessoa que nem sabia que reacção ter perante tal fenómeno inesperado. Merecia mesmo ser gravado.
E assim criou-se um momento efémero. As moedas cairam, mas cairam de uma forma que nunca mais poderá ser repetida. Nunca mais poderam cair 200 moedas da exacta mesma maneira que estas.
A sério, foi muito mas mesmo muito melhor do que lá o anuncio da Sony das televisões Bravia, com as bolas a cairem pelas ruas de São Francisco abaixo...
Muito melhor..