quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Não fazer nada é uma chatice


É.
É de facto chato.
Todos queremos sempre ter aqueles "momentinhos" deprimentes de passar uma bela tarde de domingo a ver filmes nas SIC.
E com este tempo da porra que tem feito, ainda mais.
Ora, estando a nossa vida sempre ocupada com actividades e corjices a sucederem-se umas às outras de forma contínua, é compreensível o surgimento da chamada "vontade de não fazer nada".
Pois é. Os hábitos e rotinas escravizam o dia-a-dia.
E com isto procuramos sempre um pequeno slot, para simplesmente não fazer o que estávamos a fazer. Sim! É verdade! Não procuramos fazer nada literalmente, mas sim, não fazer a "actividade de carácter obrigatório" que estávamos a fazer.
E até nos iludimos a nós mesmo, dando "credibilidade" à nossa acção de "fazer algo diferente".
Do tipo: "...oraaaaa...já pus a carne a descongelar.....ponho a roupa a lavar depois do jantar....leio estes quilos de fotocópias na cama.......humm....parece que........É ISSO!!.... já posso ver as Tardes da Júlia!!"
Quer dizer, as Tardes da Júlia se calhar é um exemplo demasiado agressivo, mas também não dá mais nada de jeito nos 4 canais públicos que consiga merecer a minha referência............a não ser o Entre Pratos na 2: ........e o Onda Curta........claro que também temos o "pack" das séries americanas (houses, csis, greys, ervas, e essas porras..) com pseudo-qualidade.....mas nunca se questionaram porque é que só vemos séries americanas??????....e porque é que são todas sobre médicos, advogados, e polícias????.....serão as únicas profissões "academicamente aceites" e decentes??????....e porque nem nos questionamos se sequer existem séries feitas noutros países????
.....é o que dá a porra dos Mass Media.....ficamos idiotifícados...
Enfim.
A sugestão é desligar a Tv durante 15 minutos e 32,23 segundos, vestir o casaco da Serra da Estrela, meter o cachecol, e irmos simplesmente andar.
Tipo.
Andar.
Só andar.
É capaz de ser quase tão razoável como ficar mal sentados no sofá, a lesionar a coluna e a babarmo-nos...
Se calhar..
Mas só se calhar...


P.S.:
- peço desculpa à Cristiana pelo uso do termo Mass Media;
- peço imensa desculpa por ter, em última análise, inserido o Walker, O Ranger do Texas neste grupo de pseudo-séries americanas, visto o Chuck Norris saber dar uns pontapés rotativos que quase parecem ser orientais;
- É mais correcto dizer idiotizados, em vez de idiotifícados, talvez mesmo porque idiotifícados nem existe. Mas idiotifícados tem obviamente outra capacidade de argumentação, que idiotizados, não consegue nem de longe, nem de perto atingir.
- A expressão "academicamente aceites" é para certas pessoas que sabem quem são, e que não sabem o que é free thinking, nem sequer conseguem perceber porque é que eu escrevi pensamento livre em inglês! Deviam era arranjar uma personalidade, ou lerem mais vezes menus de restaurantes chineses.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Lorem Ipsum


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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O tempo parou no Tempo


Ando há não sei quantos dias a tentar escrever alguma coisa, mas as ideias, que não são bem ideias são tantas que me perco. O Mário é que tem razão, porque se não escrevo logo, lá se vai... O título escrevi-o na minha última aula de sexta-feira. “O tempo parou no Tempo.” Por vezes tenho a sensação que ele passa demasiado depressa, mas há outras, em que duas horas parecem dois dias inteiros, em que cada segundo demora mais do que uma hora a passar...

Mas não era suposto este post ser sobre este assunto, portanto vou avançar.

Ora, tenho um professor que pertence à mesma categoria do que o Dani R. referiu no post do ucal, (eu cá prefiro agros... tem palhinha e dá para beber despercebidamente nas aulas) que deve passar cerca de 2/3 da vida a contestar a designação de ser humano quando no fundo deveríamos estar a falar em pessoa. Para esse mesmo professor, “o ser humano é, em média, 250 gramas de massa encefálica acima do Homo sapiense é também uma generalização académica para falar da espécie. Nunca tinha pensado muito neste assunto, mas o sr. até tem uma certa razão, porque quando penso em pessoa, penso em algo mais concreto. Consigo imaginar uma pessoa, com todas as suas características individuais que a distingue de todas as outras. Pensar num ser humano é como pensar em Deus. Não consigo visualizar uma pessoa quando falo em ser humano, visualizo apenas o vazio. E o errado desta designação está mesmo em usá-la quando, na verdade, queremos falar de pessoas. É muito bonito falar em “dignidade do ser humano”, quando não fazemos nada pela pessoa que está ao nosso lado... e já agora, o que é a dignidade? Esta foi outra questão levantada pelo “Rei”... Dignidade, dignidade, dignidade... É a palavra que aparece mais vezes no documento (aquele que eu não me lembro o nome) redigido por um certo senhor após a 2ª Guerra Mundial, que, quando questionado sobre o seu significado, não soube responder... Eu também não lhe consigo encontrar um significado concreto. Mas se formos a pensar nisso existe uma infinita lista de palavras na mesma situação.

Mudando outra vez de tema e, em forma de alerta, deixo aqui uma constatação de um outro professor:

“Quando dormimos com alguém, não dormimos só com essa pessoa, mas também com todas as outras que ela dormiu, incluindo os respectivos vírus.”

Solução apresentada: fecharem-se num convento - o que sinceramente não me parece que seja uma muito fiável...

P.S. (parece que agora está na moda colocar P.S. neste blog): Mário, desculpa lá a citação pseudo-indecente.