A beleza das festividades matrimoniais!

Mas que raio de coisa é esta da industria dos casamentos?
Não percebo.
Porque é que servem duas toneladas de comida nas entradas (panadinhos, rissoizinhos, grelhadinhos, martinizinhos, melõezinhos com presuntinhos,...) e depois metem mais uns 5 camiões cisternas a despejar lombo e vitela para os pratos, se toda a gente já está mais que cheia!!???
Não percebo.
Porque é que o noivo tem de entrar primeiro na igreja? Não são os dois que vão casar? É para quê então? Para marcar posição? Para ser cavalheiro? Para mesmo que a noiva não "se atrase", não ficar mal e parecer "atrasada"? Para definir quem fica com que lado da cama logo à noite?
Ou é mesmo porque tem de ser? Humm, acho que as pessoas preferem acreditar nesta última hipótese.
Enfim.
E aqueles cortejos lá com os empregados com uma postura muita digna a entrarem ao som da música. Parece um musical do Felipe La Féria!! Só falta a Anabela também estar lá a servir! Se calhar até costuma estar.....
As prendinhas é que me partem todo. Prós meninos ou é um charuto ou a garrafinha de porto; prás meninas ou é o mini-raminho, ou a super caixinha pequenina e linda com bombonzinhos de licor! Raios!! Porque é que não pode ser antes um cheque oferta da Fnac? Ou então Flocos de Neve? (isso sim é que são rebuçados!!!!)
E o karaoke!!!! Sim, o KARAOKE!!! É horrível ver aquela gente a cantar pseudo-sucessos portugueses/brasileiros. E depois como já estão todos bêbados, saem sempre uns covers que nunca me deixam de surpreender quer pela originalidade, quer pelos altos timbres, ou mesmo pela pura falta de consciência de que estão num palco à frente de centenas de pessoas a fazerem-se de idiotas! Atenção, eu sou o primeiro a achar bem que as pessoas sejam idiotas, mas a cantar karaoke bêbadas não!! Por FAVOR!!!
E por falar em gente alegre, lembro-me do que as pôs assim. O bar aberto!! É incontornavelmente o grande ponto positivo, quando se analisa se se deve ir ou não a um casamento.
Ou seja basicamente, o casamento é uma festa de exagero.
Não sei, não percebo.
Percebo que seja um momento importante. E também percebo que os noivos queiram partilha-lo da melhor forma possível com as pessoas importantes das suas vidas.
Mas cria-se um espectáculo. Cria-se uma ilusão em forma de bolha que arrebenta ao final do dia.

Antigamente casavam bem cedinho e depois davam o pequeno-almoço aos convidados.
Isso sim, é um casamento a sério.
Ahh!! Esta última frase é para quem acredita, claro, que os casamentos a sério são sérios e necessários.
Eu cá acredito que eles são obrigatórios porque não tenho maneira de me safar de nenhum deles e tenho de andar com o raio do fato idiota e da gravata parva.

Distinções

Há algo que sempre me fez confusão.
Os prémios e as distinções.
Mas que coisa é esta?
Mas que necessidade primordial é esta de distinguir o bom do mau.
Deveriam era distinguir o certo do errado!!! (humm, isto já parece uma letra de uma música qualquer...)
Prosseguindo.
Posso aqui referir o livro "Ways of Seeing" do britânico John Berger. Ele analisa entre outras coisas aquilo que compõe um museu. Qual foi a necessidade de se criarem espaços para mostrarem obras? Que características têm estas obras que lhes permitem ganhar este lugar de destaque? Que necessidade é esta do destaque??
Eu poderia responder dizendo que é tudo uma criação das classes burguesas que encheram a sociedade com tantos preconceitos e peneirices, que ainda hoje têm demasiadas repercussões!!!!!
E não é mentira o que eu disse. E o senhor John Berger também não dúvida de mim.
Na verdade não pudemos ignorar a necessidade de premiar.
Mas o problema de premiar, é que quase tudo pode ser premiado!!

O sofá mais sujo do universo!!
A sopa mais quente de trás-os-montes!!
A maior sucessão de palavrões que alguma vez se viu!!
O caldo Knorr mais derretido do mundo!!
O troco com mais cascalho de sempre!!
O cantor mais reles de Portugal, da Suiça, França e Luxemburgo!!!

Enfim.
Não é difícil ser-se premiado.
Até o Michkccaele Carreira já ganhou um!

Ninguém quer medalhas de prata...

Ninguém quer ganhar uma medalha de prata como a Vanessa Fernandes!!
Raios!!
Ninguém quer ganhar uma medalha de prata como a Vanessa Fernandes!!
Ganhar a medalha de prata, não é vencer a prova.
Quando se qualificou para os Jogos Olímpicos, qualificou-se para correr aquela prova, e acima de tudo, para a vencer. Não faria sentido correr, sem ser para vencer.
Por isso a medalha de prata é pouco. É nada.
Ninguém quer uma medalha de prata nos seus desafios na vida.
Ninguém quer ficar pelo "quase", ou pelo "não deu bem".
Na verdade a prova não dependia só dela. Muitos mais factores estão envolvidos. Ela não podia controlar a forma das suas adversárias. Ela não podia controlar que a Emma Snowsill estivesse tão bem.
Ela deu o seu máximo, mas isso não foi suficiente.
E quando não é suficiente, ganha-se uma medalha de prata.
Uns dirão "não são os últimos Jogos Olímpicos".
Eu digo "nestes ficamos só pela prata".


Ninguém quer ganhar uma medalha de prata como a Vanessa Fernandes.
Eu ganhei uma medalha de prata como a Vanessa Fernandes.

ToCo #2 "axo"

ToCo #1 "dúvidas?"

Possa.
Estas férias estão a passar depressa demais.
Estou a trabalhar mais do que eu queria (embora seja remunerado).
Os momentos de férias em si (praia) são quase nenhuns.
Lá arranjei maneira de delinear o meu futuro por mais um ano.


Enfim.
Este discurso todo foi só para dizer o que não digo e para chegar à palavra - confusões.
O ToCo chega aofuturodeamanha de forma quase tão esperada como mais um argentino a entrar para o FCPorto.

Ele não gosta de confusões.
E no entanto, ao tentar tão exasperadamente simplificar as confusões dos outros, lá acaba por se ver enredado em complexos pensamentos que quase parecem, vá lá, confusos.


Ahhhhh!!!!
Só para deixar bem explícito, o ToCo é tuga!

mecanismos de construção

Iniciemos um processo de crítica.
A algo estúpido claro.
Saltemos imediatamente para uma das coisas que me irrita profundamente. Quase tanto como o Quimbé da porra do Telefone a Tocar, ou lá como se chama aquele programa onde só telefonam as mesmas 5 pessoas todos os dias.
Como sabemos, o clássico português não se dá a grandes preocupações no que diz respeito a cumprir a sinalização das estradas. E também não se dá a grande trabalho quando é para a meter, aparecendo assim aqueles sinais todos velhos a limitar a velocidade para 20km/h. Extrapolando estas pequenas condicionantes para um espaço fechado e sem controle, entramos no mais fundo dos infernos.
O raio da sinalização nos parques de estacionamento dos hiper-mercados!
Esses espaço são horríveis (os piores mesmo são os do Feira Nova)!! São autênticos labirintos mal desenhados (como os do Feira Nova), que nos levam a dar voltas intermináveis (no Feira Nova também há disso), enquanto podiamos simplesmente passar por cima de uma linha e já estar na rua (no Feira Nova as linhas já não se vêem muito bem)!
Mas no meio de tanta absurdez, existe uma pequena centelha de esperança. É de facto possível sair de forma suave e tranquila do dito espaço. E como é isto possível?? As regras da matemática são bem esplicítas. Se somarmos menos com menos dá mais. Ou seja, mã condução mais labirinto estúpido = condutores suiços.
Enfim.
Pior mesmo só os parques de estacionamento das estações de comboios.
Mas isso já é outra etape.

Raio de Feira Nova!!

revolução não industrial

O último post dofuturo anunciava uma suposta nova era, em que a regularidade ia voltar a marcar presença.
Infelizmente tal não sucedeu.

Como dizia um leitor deste blog:
"Um blog só consegue prosperar, se houver regularidade e coerência nos conteúdos expostos."
Bem, talvez não tenha dito com palavras e mecanismos de construcção linguisticos tão avançados, mas foi algo parecido.

Mas o que interessa é que ofuturodeamanha não se vai deixar levar pelos facilitísmos de comprar um pack de 4 Coca-Colas de litro só porque se poupa 1 euro, ou descontos que o pingo doce não tem.
Com 1 ano de existência, e com momentos altos e alguns baixos, surge agora com a cara lavada (literalmente, porque parece que afinal era branco por baixo...).


Regularidade. Lutaremos para a conseguir.
Coerência. Toda aquela que for possível existir em histórias estúpidas e absurdas.

associação de qualquer coisa

Bem. O futuro tem andado parado. Não o nosso futuro, pois esse é tão constante quanto o presente em que vivemos. Refiro pois ao futurodeamanha que regressa aos posts depois de um interregno finito.

Acho fantástico a forma como o nosso cérebro associada elementos e construi memórias.
Mas nestes processos de recordar, fico sempre espantado com a forma como as músicas têm um impacto tão forte.
Tipo, posso ver um programa de televisão antigo, ou encontrar os papeis amarelos do passe do autocarro (acho que muita gente sabe que papeis são estes!!....looool), e pensar em recordações, momentos, situações, e coisas estúpidas. Mas nada vai tão profundo como ouvir uma música.
É que não é só relembrar, é sentir mesmo! É um arrepio que me transporta completamente para aquela época e me faz sentir uma verdadeira saudade.
Claro que nem todas as músicas possuem este "poder divino" de permitir viajar no tempo.
Só aquelas que nos lembram algo que não queremos esquecer, se conseguem gravar de forma especial e única.
Enfim, lamechices reles e boas.


No meu caso acho que o MTV Unplugged dos The Corrs, a banda sonora do filme The Virgin Suicides dos Air, o MTV Unplugged da Alanis Morrissette, os dois álbuns dos Zero 7, a música Monkey dos Counting Crows, a Head Radio do Grand Theft Auto 3, sei lá, tanta coisa.....
Dois MTV Unplugged??!! COMO É QUE É POSSÍVEL!?!?!?!?
É muito ridículo, eu sei. Mas soam-me a geniais, e nem sei bem porque.

Dava aqui a sugestão dos caros leitores darem a sua opinião e referirem as suas músicas com "poderes divinos".