Ora.
De tempos a tempos acontece a todos atingir-se o nível de "total desmotivação psicológica", ou em português "tar com o Toco", ou "de manhã é na caminha" ou mesmo "comida congelada!, compra comida congelada!! lasanhas e isso...".
Neste nível o máximo que podemos exigir de nós próprios é lembrarmos o nosso nome. E não esquecer como ligar o micro-ondas, claro.
Quando se atinge este nível, a capacidade de recepção de informação fica sériamente comprometida, e como tal, quando nos deparamos com um novo desafio, uma nova tarefa ou algo assim apercebemo-nos que a vontade de encarar essa complicação é...humm...muito perto de...nenhuma!
Sim.
Ñão há vontade para nada. Não há motivação. Não há inspiração.
E é de inspiração que estamos a falar.
É engraçado falar nisto.
Nem sempre sei o que me inspira.
Muito provávelmente são coisas que me acontecem durante o dia, ou já aconteceram à tempos. Mas o normal é serem coisas do dia. Ou respescadas ao passado pelas mais recentes.
Basicamente é ver, ouvir, sentir algo que seja único. Que eleve o nosso pensamento a sentir algo mais alto, mais concreto, mais brilhante.
É sentir uma referência, que produz impacto em nós, e que nos dá motivação para tentar chegar próximos dela. Em criar algo tão alto, tão concreto, tão brilhante.
Claro que depois pode ser mais alto, mais concreto e mais brilhante, mas não vamos queimar etapes. Nem a Catarina Furtado chegou onde chegou se só fizesse croché!
A minha inspiração favorita, e que é mais recorrente, é ouvir pequenas sucessões de acordes que fazem o meu cérebro repescar imensas memórias. Está sempre a acontecer!
Ahhh e as citações que aparecem sempre no fim das séries policiais, também costumam dar muito jeito! Essas são inspirações bem lamechas!
A inspiração traz ideias, traz luz, traz confiança.
Traz um sorriso de volta aos nossos cérebros.
O único problema disto tudo é que nem sempre as boas ideias, são de facto "boas ideias".
Como disse o brilhante Michel Gondry:
"Quando tens uma boa ideia, ela está no limiar de se tornar estúpida!"