sábado, 11 de julho de 2009

E os ET's dizem: ...



Há uma questão que anda no centro das minhas preocupações.
É a linguagem.
Apercebo-me cada vez mais do papel que diferentes linguas têm e podem ter.
E para expressar isto vou lançar algumas pontes entre a realidade televisiva britânica e a portuguesa.
Exemplo disto é uma série de low-budget da BBC, "Torchwood".
Pondo em perspectiva, é algo entre a série da TVI "Inspector Max" e o "Salve-se Quem Puder" da SIC.
Ou seja, qualidade, há, mas não muita.
O que sucede?
Ora, na dita série, a terra vai ser atacada por extra-terrestres. Simples.
Mas os ET's, como boas "pessoas" que são, decidem avisar os terráqueos falando através das crianças de todo o mundo. E extraordináriamente, escolhem falar em inglês!
Ninguem estava à espera.
Até as crianças nepalesas falam, mesmo sem saberem!!
Mas o ponto de resistência é o facto de na série os actores gozarem com isso. E lá chegam a uma conclusão brilhante de que os ET's escolheram o Reino Unido para atacarem, porque acharam que era a maior potência do mundo!!
Até me deu uma coisa quando vi!!
Ao menos o Max sabe o seu lugar!!
Não se põe com ramboias e salta logo do jipe em perseguição, porque não hà gasolina para pôr o Land Rover do detective a sacar piões!
Assim sim.

Engraçado como até nestes pequenos pormenores se consegue ler tanta coisa.

Estas produções britânicas têm todas um sentimento comum por trás que é difícil explicar. Olha-se e parece tudo o mesmo.
É algo assim do género das telenovelas da TVI.
Têm lugar em zonas e épocas diferentes, nome diferente, mas parecem estranhamente todas iguais.
Não sei se é de o nome da telenovela ser sempre de uma música pseudo-famosa.
Ou dos actores serem sempre os mesmo e tirarem vezes para ver quem é que faz qual telenovela.
Ou se será de serem sempre em Lisboa. (ok ok, vá lá, 98% das vezes em Lisboa)
Ou se não será de haver sempre pelo menos uma traição.
Algo assim do género.

Outro campo onde podemos ver semelhanças é a quantidade de dados necessária para fazer suposições.
Na dita série inglesa basta mexer num computador com uma sistema operativo muito estranho, e escrever imenso num pseudo-teclado para aparecer uma carrada de fotos e luzes a piscar a dizer que eles têm razão.
Da mesma maneira no "Inspector Max", dois copos do IKEA, um bocado de água, dois embalagens de CIF e uma bata fazem de uma palerma qualquer, uma cientista perita em criminologia que manda para a prisão quem quer.

Enfim, poderia estar aqui horas com paralexos, semelhanças, paradoxos e coisas assim.
Mas a verdade é única.
Se os extra-terrestres escolhesem o país pela qualidade dos seus canais, teriamos de ouvir:
"TVI, vamos destruir-te!!"

Termino aqui este post, deixando-vos com esta maravilha da televisão portuguesa.




P.S.:
1)
Já agora que coisa é aquela dos pseudo-teclados??
Porque é que nunca há ratos??
Não seria mais fácil, usar o rato e escolher as opções no écran em vez de andar a fazer tudo por código??
E dizem que estamos no século XVI...
Mais valia dar-lhes uma máquina de escrever!
O barulho é o mesmo!!

2)
Um episódio chamado "Tuning"???
A sério??
Só Tuning??
Mais nada?
Sinceramente...

3)
O mundo da música pop coreana, é um mundo muito estranho.
Muito, muito.