quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Não fazer nada é uma chatice
É.
É de facto chato.
Todos queremos sempre ter aqueles "momentinhos" deprimentes de passar uma bela tarde de domingo a ver filmes nas SIC.
E com este tempo da porra que tem feito, ainda mais.
Ora, estando a nossa vida sempre ocupada com actividades e corjices a sucederem-se umas às outras de forma contínua, é compreensível o surgimento da chamada "vontade de não fazer nada".
Pois é. Os hábitos e rotinas escravizam o dia-a-dia.
E com isto procuramos sempre um pequeno slot, para simplesmente não fazer o que estávamos a fazer. Sim! É verdade! Não procuramos fazer nada literalmente, mas sim, não fazer a "actividade de carácter obrigatório" que estávamos a fazer.
E até nos iludimos a nós mesmo, dando "credibilidade" à nossa acção de "fazer algo diferente".
Do tipo: "...oraaaaa...já pus a carne a descongelar.....ponho a roupa a lavar depois do jantar....leio estes quilos de fotocópias na cama.......humm....parece que........É ISSO!!.... já posso ver as Tardes da Júlia!!"
Quer dizer, as Tardes da Júlia se calhar é um exemplo demasiado agressivo, mas também não dá mais nada de jeito nos 4 canais públicos que consiga merecer a minha referência............a não ser o Entre Pratos na 2: ........e o Onda Curta........claro que também temos o "pack" das séries americanas (houses, csis, greys, ervas, e essas porras..) com pseudo-qualidade.....mas nunca se questionaram porque é que só vemos séries americanas??????....e porque é que são todas sobre médicos, advogados, e polícias????.....serão as únicas profissões "academicamente aceites" e decentes??????....e porque nem nos questionamos se sequer existem séries feitas noutros países????
.....é o que dá a porra dos Mass Media.....ficamos idiotifícados...
Enfim.
A sugestão é desligar a Tv durante 15 minutos e 32,23 segundos, vestir o casaco da Serra da Estrela, meter o cachecol, e irmos simplesmente andar.
Tipo.
Andar.
Só andar.
É capaz de ser quase tão razoável como ficar mal sentados no sofá, a lesionar a coluna e a babarmo-nos...
Se calhar..
Mas só se calhar...
P.S.:
- peço desculpa à Cristiana pelo uso do termo Mass Media;
- peço imensa desculpa por ter, em última análise, inserido o Walker, O Ranger do Texas neste grupo de pseudo-séries americanas, visto o Chuck Norris saber dar uns pontapés rotativos que quase parecem ser orientais;
- É mais correcto dizer idiotizados, em vez de idiotifícados, talvez mesmo porque idiotifícados nem existe. Mas idiotifícados tem obviamente outra capacidade de argumentação, que idiotizados, não consegue nem de longe, nem de perto atingir.
- A expressão "academicamente aceites" é para certas pessoas que sabem quem são, e que não sabem o que é free thinking, nem sequer conseguem perceber porque é que eu escrevi pensamento livre em inglês! Deviam era arranjar uma personalidade, ou lerem mais vezes menus de restaurantes chineses.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Lorem Ipsum
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terça-feira, 4 de dezembro de 2007
O tempo parou no Tempo
Ando há não sei quantos dias a tentar escrever alguma coisa, mas as ideias, que não são bem ideias são tantas que me perco. O Mário é que tem razão, porque se não escrevo logo, lá se vai... O título escrevi-o na minha última aula de sexta-feira. “O tempo parou no Tempo.” Por vezes tenho a sensação que ele passa demasiado depressa, mas há outras, em que duas horas parecem dois dias inteiros, em que cada segundo demora mais do que uma hora a passar...
Mas não era suposto este post ser sobre este assunto, portanto vou avançar.
Ora, tenho um professor que pertence à mesma categoria do que o Dani R. referiu no post do ucal, (eu cá prefiro agros... tem palhinha e dá para beber despercebidamente nas aulas) que deve passar cerca de 2/3 da vida a contestar a designação de “ser humano” quando no fundo deveríamos estar a falar em “pessoa”. Para esse mesmo professor, “o ser humano é, em média, 250 gramas de massa encefálica acima do Homo sapiens”e é também uma “generalização académica para falar da espécie”. Nunca tinha pensado muito neste assunto, mas o sr. até tem uma certa razão, porque quando penso em “pessoa”, penso em algo mais concreto. Consigo imaginar uma pessoa, com todas as suas características individuais que a distingue de todas as outras. Pensar num ser humano é como pensar em Deus. Não consigo visualizar uma pessoa quando falo em ser humano, visualizo apenas o vazio. E o errado desta designação está mesmo em usá-la quando, na verdade, queremos falar de pessoas. É muito bonito falar em “dignidade do ser humano”, quando não fazemos nada pela pessoa que está ao nosso lado... e já agora, o que é a dignidade? Esta foi outra questão levantada pelo “Rei”... Dignidade, dignidade, dignidade... É a palavra que aparece mais vezes no documento (aquele que eu não me lembro o nome) redigido por um certo senhor após a 2ª Guerra Mundial, que, quando questionado sobre o seu significado, não soube responder... Eu também não lhe consigo encontrar um significado concreto. Mas se formos a pensar nisso existe uma infinita lista de palavras na mesma situação.
Mudando outra vez de tema e, em forma de alerta, deixo aqui uma constatação de um outro professor:
“Quando dormimos com alguém, não dormimos só com essa pessoa, mas também com todas as outras que ela dormiu, incluindo os respectivos vírus.”
Solução apresentada: fecharem-se num convento - o que sinceramente não me parece que seja uma muito fiável...
P.S. (parece que agora está na moda colocar P.S. neste blog): Mário, desculpa lá a citação pseudo-indecente.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Liquid Spear Waltz
Todos achamos que somos portadores da verdade absoluta.
Nem questionamos as suas bases e fundamentos. Vivemos sempre centrados no EU.
Tipo.
Nem é que isso seja mau, visto que o EU somos nós.
Mas vivemos centrados no EU, no sentido de vermos sempre e apenas a nossa perspectiva das coisas. É fácil esquecermo-nos que os outros elementos deste universo espacial que partilhamos também têm o seu ponto de vista.
Por exemplo. Do ponto de vista de uma cadeira, se calhar não tem muito interesse este tipo de discussão, visto que a cadeira não é dotada de inteligência, muito menos de consciência. Talvez nem vida (a não ser os bichos que andam lá por dentro a alimentar-se....). Talvez a cadeira apenas possa usar o argumento de ser matéria.
Mas se considerarmos um elefante, uma tarântula ou mesmo os outros descedentes de Homo Sapiens(pra não dizer seres humanos...), talvez já faça sentido pensar.
Que direito tenho eu de fazer um safari para matar tarâtulas (pensavam que eram elefantes?? nada disso....também há safaris de tarântulas...) e apenas me limitar a pensar no gozo que este safari "ME VAI DAR".
E a tarântula?
Também não existe neste universo partilhado?
OK OK OK
Eu compreendo que temos de ter aviários e criações de gado, assim como também temos de ter campos de milho e trigo.
Somos animais!
Temos de sobreviver. É o nosso instinto mais básico e isso.
Mas ignorar a perspectiva da tarântula apenas porque sim, e apenas porque somos ricos e podemos pagar uma viagem à Africa?
Ora, para por isto mais alinhabado, vamos transpor para os descentes de Homo Sapiens. Eu quando peço um McRoyal Deluxe, no MacDonalds, posso e devo no mesmo instante em que estou a usar as minhas cordas vocais e a expiração do ar para projectar um som, que do outro lado do balão está uma empregada, bem gira, que está a ouvir a vibração provocada no ar pela projectação do pedido do MacRoyal, que está já a pensar que tem de pedir o cartão de desconto à "chefe" lá do estaminé, que amanhã tem entrega de 2 trabalhos que lhe levaram 3 meses a completar, e que se não conseguir trabalhar de forma decente durante a porra do turno, não recebe os míseros euros que lhe vão permitindo continuar a estudar depois de ter saído de casa e prometido aos país e a ela mesma que nunca mais lá voltava.
É lixado.
Mas todo tem sempre dois lados.
Há sempre algo que não conseguimos ver, mas que está lá.
E temos de aprender a ter isso sempre em conta.
Como disse a Lina e muito bem:
"What does it mean to give MORE than 100%? Ever wonder about those people who say they are giving more than 100%? We have all been to those meetings where someone wants you to give over 100%.
What makes up 100% in life?
How about achieving 103%?"
Talvez os 3% sejam apenas pensar só um bocadinho mais.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Quando todos a querem...
De volta à faculdade, lá estava o balde no seu devido lugar, e lá fui eu todo lampeiro para mais umas quantas aulas.
P.S: Agradecimentos especiais
- Ao S. Pedro que fez o favor de regar o planeta e colocar uns quantos a andar de barco.
- Ao trolha que se esqueceu de um balde na Faculdade aquando da sua construção.
- Á defesa do Sporting que continua a regar o Paulo Bento, e é uma pérola ver jogos assim.
- E a todos aqueles que adoram UCAL logo pela manhã e a todos UCALoolicos!! a vida nao seria a mesma sem nós!!!
Isto foi escrito há uma semana atrás….
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Uma coisa é...
Uma coisa é os nossos problemas.
O Problema é quando os Problemas residem na realidade, e simultaneamente são parte integrante e caracterizadora desta mesma.
Somos tão pequenos.
Podemos ser tão pequenos.
É só quando os Problemas nos realmente atingem que começamos a perder o núcleo duro disto, a teoria da termo-dinâmica, e a órbita da lua.
Somos tão reais como um .
O . em si, é 01110010. 8 periodos de tempo caracterizados pela passagem ou não de corrente. Também é fosfato a ser activado em 4 pares de 3 pixels de três cores (RGB),que conjugando diferentes intensidades formam este . branco.
Mas o . é mais que fosfato e electricidade.
É a ideia de .
É o conceito de .
É o fim de uma frase.
Talvez todos nós somos apenas pontos, que tentamos significar alguma coisa num textos, e que ao mesmo tempo tentamos perceber o fosfato e a electricidade que nos formam.
Como pontos, também nos questionamos sobre os utilizadores do fosfato e da electricidade que nos criam.
Mas sabemos tão pouco sobre eles, como eles sabem dos seus criadores.
P.S. : - ora, em primeiro lugar quero pedir desculpa ao R por estar a plagiar este momento de agradecimentos e coizices, que é tão característico nos seus posts, sem a sua autorização;
- peço também desculpa pelas temáticas tão deprimentes que têm assolado os meus posts;
- gostava de agradecer ao Jake Gyllenhaal, pela expressão que ele nos apresenta no inicio do Donnie Darko, que vale por 3 ou 4 filmes;
- obrigado Leopoldina pela tua canção;
- obrigado aos ouvintes mudos, pela disponibilidade e compreensão (a sério);
- muito obrigado "Lina" pelo email (em timing perfeito, diga-se);
- parabéns ao inventor do Cappucino; - e por favor Daniel, não começes a mandar vir, se as minhas explicações do fosfato e da electricidade não foram "cientificamente" perfeitas.
domingo, 18 de novembro de 2007
Ora, chegaram as lareiras!!!
Novembro.
- É a chamada pré-época dos hipermercados e lojas, lda.
O Natal está à porta, e como qualquer clube de futebol, decente, decisões têm de ser tomadas e "jogadores" têm de ser escolhidos a dedo, de forma a permitir uma vitória neste campeonato extremamente renhido.
Ora, por jogadores, estamos a falar de BRINQUEDOS.
"...Brinquedos, brinquedos, são a nossa maior alegria!!!"
É isso mesmo. Quem não se lembra desta bela canção que embelezava (e ainda embeleza...) os natais da nossa infância. Podíamos estar a fazer sei lá o que, mas quando ouvíamos esta treta na TV, todo parava e aqueles 30 segundos eram sagradíssimos.
"...onde há reis, princesas, dragões, heroís de banda desenhada colochosos e muito trambolhões, o planeta do brinquedos é no [supermercado da leopoldina], onde tudo tem mais fantasia,..."
O Natal é a liga dos campeões dos hipermercados. E a única forma de garantir que vendem mais, é publicitar mais.
Para isto todo serve, jornais, flyers, cenas nas ruas, e claro......a TV.
Os sábados e domingos de manhã, tornam-se autênticas piscinas de publicidade, onde encontrar um desenho animado e conseguir de facto vê-lo torna-se uma obra de arte. A duração dos desenhos animados é 3 vezes inferior à das publicidades.
E o pior, é que desses anúncios só menos de metade são bem feitos, e dessa metade, só menos de metade anuncia brinquedos decentes.
Não é um negócio justo. Muito brinquedo de fraca qualidade é vendido.
Enfim.
Mas pior, pior, pior, é o raio da Popota!!!
Que raio de ideia é aquela??
Uma hipopótamo rosa com um barrete???
Sinceramente...
E ainda por cima pó-la a fazer dupla com a Sónia Araújo....
Não tá fácil.
Não tá.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Porquê?
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
destrutivo e auto-destrutivo
Ora.
Este post vai ser destrutivo e auto-destrutivo.
Não é fácil.
Mas vai ser bom, porque só depois de nos termos criticado até ao limite psicológico mais distante, podemos construir algo sólido, coerente e verdadeiro.
Enfim.
Estava à procura de uma música do "Matrix Reloaded" no outro dia, quando me pûs a pensar: "Este filme é tão bom, com tanta profundidade e complexidade. Foi um filme que deixou uma marca na comunidade cinematográfica."
Alguns "peritos" de cenas filosóficas diziam até que o filme tinha mais de 50 patamares psicológicos, e que a maioria das pessoas só apanha os dois primeiros (se é que existe uma ordem...).
Bem. O problema é que por ser tão bom e tão unanimemente aceite, tornou-se absurdo, desvirtuou-se, perdeu o seu valor e a sua essência. Deixou de ser um cuspir de ideias de dois jovens geniais para ser parte de todos nós.
Sendo eu um suposto jovem, também tenho ideias e pontos de vista que quero expressar. Gostava de ser um realizador de sucesso.
Bem.
Eu também já quis ser astronauta, jogador de futebol (decente), piloto de F1, cozinheiro de "classe" internacional e homem do lixo.
Ora. Assim parece que está sempre tudo tão longe. Parece que nunca pudemos fazer nada. Que "todo" está sempre inatingível. Se calhar, temos é todo nas nossas mãos. Uma presença muitas vezes invisível, mas que não deixa de ser presença. Ela permite-nos quebrar com o que existe. Fugir para mais longe. Sermos verdadeiramente nós. E não "robôs com açúcar" que se vestem todos de igual.
É todo idêntico. T-Shirts com cenas pseudo-design vectorizadas, calças ramboia e Taylor's nos pés.
É bom ser, mas é ainda melhor "sermos".
"Não fica bem usar verde com azul."
Eu vou continuar a usar.
P.S.:
(pequeno comentário para os descrentes que sabem bem quem são):
EU É QUE SEI!!!
ACORDEM PARA A VIDA!
Se não quiserem, pelo menos "tentem" ser felizes.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Responsabilidade
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Greenpeace?!! ou será Greendolares?!!
D. R.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Entrega dos Anti-Nobel
Numa altura em que já é sabido todos os vencedores dos prémios Nobel vamos passar então à divulgação dos "anti-Nobel", prémios estes que premeiam personalidades que se destacaram pela negativa nas várias áreas que o Nobel abrange. Façamos então a entrega virtual dos prémios: Para a categoria de prémio "Nobel da guerra" o vencedor é... George W. Bush... não por aquilo que fez este ano mas por aquilo que tem vindo a fazer ao longo do seu mandato presidencial. Provocou uma guerra com o Iraque de onde não quer sair pois, como é sabido, a sua própria família tem interesses no petróleo. E por este mesmo motivo não assinou o protocolo de Quioto; Para a categoria de "Nobel da pobreza" o prémio vai para... Robert Mugabe... pois este tipo conseguiu a proeza de colocar o Zimbabwe com uma inflação invejável de milhares de pontos percentuais que nem os especialistas sabem o valor com precisão apreciável (recordo que a inflação de Portugal está entre 2 e 5 %) ; Para a categoria de "Nobel da epidemia" o prémio vai para... McDonalds... foi através desta multinacional que os jovens de hoje apreciam cada vez mais comida pouco saudável e que faz engordar só porque tem bom aspecto e tem prendinhas pelo meio; para o "Nobel dos erros ortográficos" o prémio vai para... todos nós... (geração msn). Por isso aproveito para pedir a todos para começarem a escrever melhor... sem os k, tb... e tal. Percebo que dá jeito nas mensagens dos telemóvel mas para além disso não poupamos dinheiro nisso!; Para o "Nobel da química para limpeza" o prémio vai para... Ali o Químico... o tipo que pôs uma aldeia do Curdistão (Iraque) a brilhar graças aos produtos químicos que ele próprio "comprou"; Finalmente o "Nobel da utilização de tecnologia de ponta de há décadas atrás para fins civilitares" o prémio vai para... Mahmoud Ahmadinejad... este sim o verdadeiro líder de um país (Irão) sem Gays e que consegue fazer do seu país, recorrendo à tecnologia de ponta dos anos 60, um mundo sem comunicação com o nosso mundo dito "ocidental" ou "infiel", onde existe várias mulheres para cada homem só com o direito de cumprir os deveres.
Esta escolha foi estabelecida por um júri extremamente qualificado que declara que, se houvesse "vencedores" para os prémios de cada categoria, a lista seria muito extensa.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
bittersweet symphony
'Cause it's a bittersweet symphony this life
Trying to make ends meet, you're a slave to the money then you die
I'll take you down the only road I've ever been down
You know the one that takes you to the places where all the veins meet, yeah
No change, I can't change, I can't change, I can't change,
but I'm here in my mold , I am here in my mold
But I'm a million different people from one day to the next
I can't change my mold, no, no, no, no, no
Well, I've never prayed,
But tonight I'm on my knees, yeah
I need to hear some sounds that recognize the pain in me, yeah
I let the melody shine, let it cleanse my mind , I feel free now
But the airwaves are clean and there's nobody singing to me now
No change, I can't change, I can't change, I can't change,
but I'm here in my mold , I am here with my mold
And I'm a million different people from one day to the next
I can't change my mold, no, no, no, no, no
(Well have you ever been down?)
(I can't change, I can't change...)
(Ooooohhhhh...)
'Cause it's a bittersweet symphony this life
Trying to make ends meet, trying to find some money then you die
I'll take you down the only road I've ever been down
You know the one that takes you to the places where all the veins meet, yeah
You know I can't change, I can't change, I can't change,
but I'm here in my mold, I am here in my mold
And I'm a million different people from one day to the next
I can't change my mold, no,no,no,no,no
I can't change my mold, no,no,no,no,no
I can't change my mold, no,no,no,no,no
(It justs sex and violence melody and silence)
(It justs sex and violence melody and silence)
(I'll take you down the only road I've ever been down)
(It justs sex and violence melody and silence)
(I'll take you down the only road I've ever been down)
(Been down)
(Ever been down)
(Ever been down)(Lalalalalalaaaaaaaa...)
(Ever been down)
(Ever been down)
(Have you ever been down?)
(Have you ever been down?)
(Have you ever been down?)
Como dizia o Tiago "..o que eu gosto mesmo é de fumar uns charros..a sério, temos de libertar a mente de tanta pressão que nos rodeia no dia-a-dia...e ganhar coragem para ver as coisas de forma diferente...".
É isso mesmo. Não estou a incitar o consumo de pseudo narcóticos ou lá que merdices são essas.
Nada disso.
O que interessa é a atitude. É a maneira de encararmos as porras e esquemas marados em que somos envolvidos nesta realidade.
É dizer FODASSE!
Parar.
Parar.
Mas parar para pensar. Apreciar a realidade.
Mas aprecia-la na sua verdadeira essência. Na sua verdadeira pureza. Na sua forma mais básica.
Nem sempre é fácil sentir assim tão avivadamente a vida. Mas de vez em quando aparece algo que nos faz sentir um arrepio na espinha e compreender essa realidade que nos envolve. Uma saca plástica a voar(?), um reflexo de luz na água, uma música, um som....
Um sentir sentir.
Fodasse.
It's a bittersweet symphony this life.
Nem tudo é bom.
Todos passamos maus bocados.
Mas a vida nunca deixa de ser uma sinfonia.
Uma sinfonia para viver de mente aberta.
(Marta, era mais ou menos isto que eu te queria explicar no outro dia....mas não é fácil....loool)
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
“A medicina para merceeiros!”
Falando de coisas que marcam a TV: Serviço de Urgência! A primeira marca sempre! Esta série sim! Podemos dizer que descreve idealmente a vida numa urgência de um qualquer hospital perto de si! Em termos científicos não fica a trás de Dr. House e bate aos pontos a Anatomia de Grey! A qualidade faz a diferença: uma série centrada na dor dos pacientes e não em saber, com quem a Grey foi dormir ontem! Longe da estúpida arrogância inatingível de Dr. House, Serviço de Urgência retrata aquilo a que se pode chamar: VIDA!
Voltando à questão central, como já disse impressiona-me a forma como as pessoas fazem destas séries guias práticos de saúde! Certamente não têm noção da realidade ou então julgam que a vida de “profissional” de saúde se resume a dormir com meio hospital. Falando mais a sério, é um facto que estas série vendem o seu peixe e porquê perguntam vocês e eu? Simples digo eu. Em termos técnicos estas séries podem ser todas catitas e dizem aquilo que as pessoas querem ouvir, isto é, o lado rosa da vida! Para ver a Anatomia, será preferível ver os Morangos com Açúcar não? Só muda o contexto, numa é um “hospital” na outra é uma “escola”. Tipo até dava para poupar na conta da TV Cabo.
Enfim… Como diz uma “amiga” minha (a tal das mensagens inventadas) “a televisão vende medicina para merceeiros! e o meu médico é um merceeiro!” Peço desculpa a esta classe de trabalhadores (sem qualquer tipo de ironia).
D. R.
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
constante
Vamos dar um salto evolutivo em relação à mesquinhice desta sociedade em que vivemos.
Vamos ser uma lufada de ar fresco na podridão de rituais overusados da "juventude" portuguesa.
Decidir por nós e não pelas massas.
Vamos de forma eclíptica deixar de usar o MSN Messenger e passar a usar o Google Talk. Messenger nunca mais.
E quando o Google Talk começar a saturar, mudemos para blogs com serviços de Instant Messaging.
Mudança.
Mudança constante.
Não é a mesma coisa que pintar o cabelo de vermelho.
Mas é mudança.
[aceitam-se sugestões de outros programas de instant messaging, para integar neste movimento ridículo]
terça-feira, 9 de outubro de 2007
chamem-me louco
Muito tenho falado (cuspido), sobre entendimento.
Percepção.
Lá o que for que não se consegue explicar bem...
Ando a pensar nisto já à muito tempo.
E nem por acaso tropecei nas palavras de um dito músico português, bastante conhecido e formado em cinema (pouca gente deve saber deste pormenor), que falou pouco, mas até bastante bem (apesar de ser "poético" e vago......mas a realidade assim o é também...).
Ele dizia:
"...sempre me pareceu que o que existe à minha volta tem vários níveis de entendimento.
Há momentos grandes disfarçados de pequenos.
Gente pequena mascarada de grande.
É um mundo misterioso este.
Grande parte do tempo corre-se atrás de coisas sem importância.
E procura-se preencher o vazio que há em todos nós com as mais variadas inutilidades
Passamos ao lado dos pormenores mais insignificantes.
Os vidros embaciados.
As mãos enrugadas pela água quente.
O murmúrio nocturno das grandes cidades.
Aquilo que nos acalma e eleva está mesmo aqui à nossa volta.
Invisível e inclassificável, habita por baixo da camada de ruido permanente que nos envolve.
E atrás de todo esse som, há uma luz.
Atrás desse muro, há uma festa."
Pode parecer louco. E provavelmente, sobre o olhar de uma sociedade preconceituosa, e "pobre de espírito", será mesmo.
Se sou louco por ter a mente aberta a toda esta realidade " que habita por baixo da camada de ruido",
chamem-me louco.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
assim ele vai
Às vezes é até bem simples.
Slaughterhouse 5.
Talvez eu tenha sido ficado demasiado impressionado, mas de facto está a ser muito ler este livro.
2ª Guerra Mundial. Um soldado americano a lutar na Alemanha, e que "acreditando conseguir viajar no tempo e ter sido raptado por extra-terrestres", salta de consciência entre partes diferentes da sua vida. Boa história, com complexidade suficiente para nos fazer pensar bastante, mas acima de tudo com humor de qualidade nos momentos.
Perdemo-nos tentando distinguir a vida da personagem da vida do autor que também lutou na 2ª Guerra Mundial, e que esteve presente no famoso bombardeamento de Dresden.
É engraçado alguns pontos de vista explorados. Por exemplo, os habitantes de Trafalmadore (que são ET's.....enfim....) vêem a realidade de uma forma bastante diferente da nossa. Eles conseguem percepcionar na sua totalidade a quarta dimensão. Ou seja, conseguem ver todo o tempo, como nasceram e como vão morrer. Ora não vivem num "momento", mas em todos os momentos da sua vida. A vida como um todo. Ou seja, morrer é apenas uma pequena parte da sua existência, e não um fim como na percepção humana.
Muito esquisito.
E até estúpido. Mas ao menos sem tantas dimensões "temos a sensação" que conseguimos controlar a nossa vida. Tomar boas e mãs decisões.
Há uma parte muito boa do livro, em que o protagonista, tão martirizado com todo o que viu durante a guerra diz algo assim: "...todas as guerras deviam ser realizadas de trás para a frente como que passando um filme para trás. Bombas a deixarem de ser explodidas e a entrarem nos aviões e soldados a "regressarem" a casa..."
É sempre bom abrir os olhos para uma percepção diferente.
E melhor ainda viver diariamente assim.
Num despertar constante perante a vida.
http://www.youtube.com/watch?v=5wZqM49LioM
terça-feira, 2 de outubro de 2007
e assim foi
Muito bom mesmo. Apesar das confusões (que têm de ser porque afinal de contas é para melhor) provocadas por um Processo (cujo nome estou impedido de enunciar por questões de esparguete à bolonhesa...), afinal parece que sempre vou aprender mais este ano, no que nos últimos dois. Mas também, tendo sido comprimidos três anos num, é capaz de dar assim a sensação de que de facto estamos a aprender a um ritmo normal....
Ora. Fomos solicitados a participar no Szpilman Award, um concurso que premeia projectos inovadores, que tenham como base a efemeridade. Ou seja, que ocorram num curto espaço de tempo. Efémeros. Fizemos depois assim uma pseudo mostra desses trabalhos, e os resultados foram extremamente diversos. Desde coisas completamente despropositadas e com um lado "poético" extremamente desenvolvido até "performances" que simplesmente abriram a nossa mente. Uma dessas performances foi mesmo genial. Tipo daquele género de coisas que mereciam ser gravadas. Mas assim já se perdia a efemeridade...
Bem.
Imaginem o seguinte panorama.
Um corredor gigante.
Todas as pessoas da turma encostadas às paredes do corredor.
E o "realizador da performance" a vir a correr pelo meio de nós com o punho cheio de moedas de 1centimo (acho que era quase 2 euros....) e a simplesmente atira-las para a frente como numa esplêndida jogada de bowling.
Espectacular!
Muito bom mesmo ver todas aquelas moedas a rolarem pelo corredor como uma manta gigante de moedas a pairar sobre o ar.
Mas melhor ainda foi ver a reacção das pessoas. Este acto gerou (como se pode supor....) bastante barulho. Por isso logo que a nuvem de moedas passava à frente de uma sala logo se abria uma porta com uma pessoa que nem sabia que reacção ter perante tal fenómeno inesperado. Merecia mesmo ser gravado.
E assim criou-se um momento efémero. As moedas cairam, mas cairam de uma forma que nunca mais poderá ser repetida. Nunca mais poderam cair 200 moedas da exacta mesma maneira que estas.
A sério, foi muito mas mesmo muito melhor do que lá o anuncio da Sony das televisões Bravia, com as bolas a cairem pelas ruas de São Francisco abaixo...
Muito melhor..
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
maquina fotográfica de aniversários e batizados (durante o dia, porque o flash tem um alcance máximo de 2 metros)
Diga-se que não é preciso uma grande máquina fotográfica para tirar uma boa foto geral, ao degredo em que este país, na verdade está.
Tipo. Estar tudo tudo bem, não será talvez possível.
Mas procura-se sempre caminhar para ai.
Ora em P as coisas não tão nada bem. Nem na Saúde, nem na educação, nem em mais uma carrada de coisas.
A única coisa que se vê é gajos com super contratos com a TMN a dar portáteis ranhosos. Tipo. E vê-se isso na abertura de todos os telejornais durante três dias.
Do género. Não estou a apoiar partidos políticos, porque para mim são todos uns idiotas à procura de um "tacho", e de acumular reformas de três pseudo-trabalhos, em que não fizeram nada.
Mas não dá grande imagem ver hospitais serem fechados, maternidades fechadas, escolas a andarem completamente perdidas, nem a formarem os alunos, e mesmo a dizerem depois aos alunos que terminam a licenciatura nesse ano que o curso em que andam não vai valer nada, que não vão sair preparados, que vão fazer dois anos num com sobreposições de disciplinas a todo o momento, e a aconselhar inscreverem-se no primeiro ano de Bolonha.
A esses gajos idiotas todos, era espeta-los todos num pau e chegar-lhes lume por baixo.
E depois ainda dizem "os mais prejudicados são vocês...."
Ide todos pastar bem longe.
Seus galifões do IPL!!!!
domingo, 23 de setembro de 2007
eu não sou ninguem
É bastante absurdo estar a puxar este assunto agora, ainda por cima tendo a RTP cortado a série ao meio, e a 4ª temporada ainda estar para vir.
Mas estava eu a ver um programa, da dita RTP, de nível bastante medíocre (..operação triunfo 7.....ou 8....não faz diferença.....não mudam muito na qualidade..), quando ouço uma música que incluiram numa das partes em que apresentam os ""cantores"". Ora, essa música era do LOST. E naquele momento lembrei-me da série, da história, de todos aqueles pequenos pormenores, e recuos ao passado das personagens que tornavam a série um grande trabalho. E a música reflectia isso. Reflectia todo o que a série consegue expor. Conseguia expor a angustia humana, as dúvidas e incertezas que nos cercam a toda a hora. Acima de tudo, mostra que estamos sozinhos, presos no nosso ser.
Mas ao mesmo tempo, também abre perante nós a saída para estes dilemas.
O próximo.
O outro.
As pessoas que nos rodeiam.
O saber viver em sociedade.
Saber aceitar as pessoas.
Com mais ou menos defeitos. Com personalidades mais ou menos complicadas.
Mas acima de todo encontrar um reflexo de nós.
Muita lamechice neste post. É verdade. Mas tantas vezes sentimos que não somos ninguem, perdidos.
Mas não é preciso caminhar muito para encontrar a saída.
Está bem mais próxima do que pensamos.
O filme Lost in Translation também cai nisto.
E é Lost também.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
há que dar tempo ao tempo
(antes de começar a entrar no assunto do blog em si, e visto que este possui referencias futebolísticas, acho que é bem clarificar algumas coisas. Ora. Sou portista. Mas também gosto de Tagliatelle À Marinara, apoio a Greenpeace, e ouço Foo Fighters. Por isso não vamos perder a paciência com questões clubísticas reles, visto que este post é basicamente sobre uma verdade universal do futebol.)
Bem.
À uns dias atrás, foi ver um dito jogo de uma pseudo-competição que se diz que é a melhor do mundo. No durante o jogo, pude aperceber-me da magia que se cria naquele momento, em que uns bons milhares de pessoas têm todas ao mesmo tempo o mesmo tipo de conversa. E a conversa é dizer mal do jogo e da equipa. Basta prestar um pouco de atenção para ouvir com clareza aqueles maravilhosos comentários que dão vida ao esplendoroso mundo do futebol e que mandam pra sítios bem perto da fossa os jogadores.
"...já foi assim com o outro que foi por 30 mil milhões!!!...isto tem que se dar tempo ao tempo..."
".....o problema é sempre o mesmo...se pusessem aqueles c*br**s a lavrar lá o meu campo, a ver se não ganhavam..."
"...f*lh* da p*t*...nem no penalti deu amarelo, vai dar agora..."
"...o que?!?!?!...C*R*LH*!!!.. não se vê que é falta, seu c*br** de m*rd*..."
"...assim tamos f*d*d*s......."
Na verdade, não é difícil sempre que se vai ao estádio, ouvir uma nova expressão, tão cheia de expressividade e emoção. Com tantas fontes criativas, até quase que se podia criar um dicionário português do futebol.
Mas tudo isto faz parte da emotividade e intensidade do jogo. E sitio melhor para se puder libertar todas as frustaçoes do dia-a-dia, de certeza que não há.
Quer dizer. A não ser aquelas empresas que organizam sessões de destruição de casas como forma de aliviar o stress. Ainda tenho de lá ir.
P.S.: "Assumido/a", acho muito bem que incluas oFuturodeAmanha nas tuas paginas de leitura regular. E acho ainda melhor que também comentes e isso. Mas se não tens contas para conseguir comentar noutros sítios, aconselho-te a arranjares.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
uns dizem "rodeados de idiotas"...
Tipo.
7 maravilhas do mundo moderno. Andaram lá com aquelas tretices todas. Estádio da Luz. Jennifer Lopes. Estavam lá todos os elementos a um super-pimp-festa-genial que há de ficar na memória de muitos durante muito tempo (será que vai??....).
Mas aquelas escolhas....ora...eram assim....demasiado óbvias. Stonehedge, e as pirâmides maias, e mais não sei que.
Todo isto para chegar à bela da questão. E as conversas que se apanham de forma não deliberada nos comboios?? Alguém se lembrou de votar nelas como uma das grandes maravilhas do mundo moderno? Pois.....
Parece que não mas existe uma grande complexidade neste tipo de movimentos.
Ora. Tamos nós no belo do comboio a ver se ele chega a Ermesinde (ou Eslováquia, parece...) e lá começa um pequeno grupo de 2 a 4 mulheres a carburar uma bela duma conversa. Bem. Os temas, são sempre muito variados, mas envolvem quase sempre desgraça... Tanto podem ir desde da conversa da mãe a contar como anda a desconfiar que a filha anda a dar umas voltas, como sobre "outros" que são uns santos desgraçados e que armaram um escândalo lá na terriola.
O volume é outra questão. Às vezes falam tão baixo que nem de percebe se tão a falar português ou castelhano, mas na grande maioria das vezes pode-se estar na outra carruagem que a conversa é perfeitamente audível, sem qualquer tipo de dificuldades.
Melhor que as "Tardes da Júlia" e que o "Contacto" com o Nuno Qualquer Coisa e a Outra Não Sei Quantos, as conversas são verdadeiras minas de mã língua e de assuntos que nem pensados, quanto mais proclamados a tom de megafone.
No entanto as viagens até ao Porto e passando por Ermesinde, sem estas belas conversas, seriam simplesmente fatídicas e sem uma ponta de interesse.
Por isso fica aqui já um repto à CP para pensar num subsidio para esta gente que tão intensamente trabalha para tornar a linha Porto-Caíde um verdadeiro orgulho nacional!!
terça-feira, 11 de setembro de 2007
..cum caneco..
Tipo. Possa. Quer dizer.
Enfim.
Nada de especial.
Mas.
Todos os dias corre-nos sempre tanta coisa pela nossa mente.
Sempre a pensarmos, racionalizar-mos e questionarmos.
Ainda bem que assim é. Afinal de contas estamos vivos. Ou pelo menos acreditamos que estamos...
Ora.
Madeleine.
Já me faz impressão tanta coisa. Sempre mais de uma hora de noticiário constantemente a rebuscar coisas sobre este caso. Tanto mediatismo, tanta procura.
Num dia é um cabelo. No outro é uma sandália. No outro já é a porra da chave da Igreja que emprestaram aos pais. CARAÇAS!!!!!
Estou farto. Prefiro ver "A Ilha das Cores" do que a ver blocos jornalísticos de 2 horas com sempre mais do mesmo, e ainda por cima, com grande qualidade jornalística, em que põe uma Renault Clio com 6 ou 7 gajos com câmaras pendurados nas janelas, a perseguir a alta velocidade sei lá o que..
Sinceramente.
Basta por Madeleine no Google e somos logo bombardeados com milhares de sites!!!
Será que é a mesma coisa para outros nomes?? Humm....se calhar não...
A sociedade de hoje, exige informação. Exige saber o que se passa em seu redor.
Mas à que ser revisto isto.
Informação? Sim. Conhecimento do desenrolar do dia-a-dia no resto do mundo?. Claro que sim. Perseguição para ter acesso a demasiada informação (em que mais de 90% é fofoquise e porras e tretas)? Não! Expor a vida das pessoas sem ter um mínimo de cuidado e consciência? Claro que não!
Não tenho nada contra a "Imprensa", nem nada disso. Mas há limites. Tipo. Limites.
Enfim.
Ganhem juízo e voltem a ler o "Siddhartha".
Só fará bem.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
...já lá vão 15 dias...mas finalmente Taizé!!
Já ando a empenar.
Prova disso é o facto de estar a demorar tanto tempo para publicar este post, acerca de Taizé.
Ora. O que é Taizé?.
Taizé é uma comunidade no sul de França, onde se juntam pessoas de vários países e religiões, para levarem um estilo de vida simples e reflectirem sobre a sua vida.
Isto assim até parece bonitinho. E resplandecente também.
Sinceramente, não sabia bem o que ia encontrar (alias, só com esta definição, não é muito fácil chegar a muitas certezas...).
Taizé acabou por ser uma experiência extremamente positiva. O grupo de colegas com que eu ia, não ficou todo junto, o que permitiu que ficássemos inseridos em grupos, quer de trabalho quer de reflexão, com pessoas de outros países. Isto foi muito bom pois pode conhecer maneiras de pensar e de ver a realidade completamente diferentes daquelas com que somos abordados todos os dias.
Além disso o constante uso de inglês para comunicar, foi também extremamente bom (ai sim pode pôr finalmente em pratica, o que apreendi em todas as tardes de domingo dos últimos 10 anos a ver filmes na SIC...)
O decorrer da semana foi progressivo. Quanto mais o fim se aproximava, mais me sentia próximo das pessoas com quem me relacionava. Nem eu me acreditei o quão próximo fiquei daquelas pessoas, que nem à uma semana as conhecia.
Como uma amiga disse: "...alegre por ter encontrado em Taizé a unidade invisível do amor que não vemos na nossa sociedade." Pode parecer um bocado lamechas. Mas é realmente isso. Em Taizé as pessoas são como todas as pessoas do mundo deviam ser. Quer dizer.....também não têm de ser todas todas assim......mas só assim do género.....parecidas.....semelhantes....isso.....
Muito bom mesmo. Tão bom, que até estava para ficar mais uma semana por lá.
Mas coiso. Enfim.
Agora só vou conseguir reflectir a sério sobre sta realidade de treta em que felizmente vivemos a ver o Magnolia, o Donnie Darko, ou outro filme """psicológico""" que não tenha tido muito sucesso..........mas por enquanto acabam-se os posts de filmes.....
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
stay.......
Bem.
Aquando da criação deste blog, pensei que podia ter como "pseudo-mote": evitar o uso excessivo de palavras em inglês. É que já somos transbordados e inundados de "inglismos" todos os dias.
De qualquer forma, desta vez não podia haver excepções.
E a excepção está no titulo do post e no fundo da página.
E sendo esta excepção um filme até podemos explorar um pouco esse mundo maravilhoso que é a 7ª arte. Tipo, claro que gosto de consumir (como quase toda a população que vê filmes) os clássicos boxoffice, os grandes filmes mainstream que fazem milhares de milhões de euros.
Mas não é ai que reside o meu interesse principal. Filmes psicológicos esses sim, estão no topo das minhas prioridades. O uso do termo psicológico, não implica necessariamente e obrigatoriamente que o filme tenha um "Hannibal" a exterminar pessoas de forma inteligente. Filme psicológico é um filme que desperta a mente, que nos leva a repensar a história duas vezes. Não tem de ser necessariamente de carácter sério, até pode ser uma comédia. A única coisa que é realmente necessária é o momento. É aquele pequeno (ou até grande) jogo entre sequências de planos, frases e sons que nos elevam a existência. Que nos abrem as portas para um novo horizonte, que até ai não estava claro. Esse sim é o momento chave. É o momento que faz valer os quase 5 euros que demos para estar a ver aquele filme numa sala de cinema a sério (e não na nossa casa com um pseudo lcd e com um sistema de som 5.1 do Feira Nova...).
São estes filmes que eu defendo. Os filmes que de facto conseguem chegar até nós.
Como sugestão fica aqui este filme ( que também é "excepção"...) que faz parte dos que eu defendo:
"Stay", realizado por Marc Forster
com Ewan McGregor, Ryan Gosling e Naomi Watts.
2005
(de acrescentar que este filme não foi um grande sucesso de bilheteira)
(mas eu gosto dele à mesma..,)
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Um vazio de tudo e um cheio de nada
Bem.
Este titulo é bastante horrível. Mas até vai acabar por fazer sentidode forma absurda.
Tipo. Aquelas frases "pseudo-geniais" que aparecem à frente dos nicks no MSN, e que inundam os fotologs. São essas mesmas. "um vazio de tudo e um cheio de nada" parece que cumpre todos os requisitos para entrar neste universo. Ora estas frases, não passam de representações escritas de momentos com alguma intelectualidade, esboços de ideias, mas a sua maioria são simplesmente vagas.
Mas este indefinição nem sempre é sinal de uma falta de representação física.
Eu consigo encontrar um vazio de tudo e um cheio de nada na realidade.
Torna-se sempre difícil para mim conseguir compreender aqueles "pedidores" das campanhas da luta contra a sida. Não estou a falar dos "pedidores" que são mesmo da campanha da luta contra a sida. Estou a falar dos " "pedidores" " que inundam as ruas das cidades. Têm umas impressões ranhosas que dão origem à cartões de identificação muito fidedignos. Tão fidedignos que mal começam a falar connosco a primeira coisa que fazem é espetar com os cartões na nossa cara para que já estando o cartão mostrado (e bem mostrado, diga-se...) não hajam sequer hipótese daquilo voltar à baila. E depois vem logo a seguir as 5 frases chaves, que são ditas/lidas ao dobro da velocidade. E depois as frases de "mantimento" de conversa enquanto estamos a escravanhar o porta moedas à procura de 2 euros, do género "Então os estudos? E a vida?". E depois de uma intensa procura no meio de um emaranhado de papeis e capas (que supostamente sugerem muito trabalho) vem sempre o sinal de recompensa por parte dos " "pedidores" ", aquele laço vermelho. No outro dia até vi uma " "pedidora" " que tinha laços cor-de-rosa (será que também é pra sida??). Ora é aqui mesmo que eu encontro este vazio de todo e um cheio de nada. Não é ter pena destas pessoas, mas sim desejar que de facto conseguíssem dar um bom rumo às suas vidas. Dar um rumo cheio de um futuro de boas oportunidades, mas nunca completamente vazio do seu passado. Nunca esquecer o passado, mas sim aprender com ele.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
Regressão ou Progressão?
Ora.
Estando no outro dia a ter uma conversa animada sobre espíritos e porras que o nosso cérebro não consegue compreender, acabamos por dar de caras com a maravilhosa questão: "O que é o nada?".
Tendo chegado até aqui, o óbvio foi caminhar no mesmo sentido mas para outra direcção, "O que é o tudo?". Pois. É verdade. Ninguém conseguiu responder a tal dilema.
Ai apareceu uma teoria que provavelmente não explica nem o nada, nem o tudo, mas que literalmente deu a volta a todos os raciocínios até ai apresentados.
A Teoria de Regressão. De certeza que já ouviram falar do Big Crunch, que vai acontecer quando o universo parar de crescer, e começar depois a regredir até ao seu estado inicial (ou algo assim). Ora a Teoria da Regressão diz que quando se iniciar este Big Crunch, o tempo vai andar para trás, e em vez nascermos e depois morrermos, vamos nascer de mortos e morrer nascendo. E o pior é que como todo o sentido do tempo e espaço caminha no sentido contrario, não vamos achar esquisito, pois todo será ao contrario. Bem, eu acho isto um pouco absurdo. Não é possível pensar ao contrário, nem ir ao longo do tempo perdendo memórias....quer dizer, se calhar até faz sentido. Bem seja Big Crunch, Big Freeze, Heat Death, Big Zip, Cosmic Inflation, ou a actuação da Phantom Energy, o que parece é que há uma carrada de gente que acha que isto vai todo arrebentar mais cedo ou mais tarde.
Concluindo, o nosso cérebro simplesmente não consegue compreender tal realidade. É como no livro de Edwin Abbott, "Flatland". Nós, somos todos círculos, quadrados e triângulos, que vivemos num mundo plano, num mundo só com duas dimensões. E vivendo assim, é difícil compreendermos outras dimensões, pois estas ultrapassam a nossa própria realidade. Um quadrado não consegue perceber um cubo, porque ele é apenas um plano.
Dar este salto na compreensão da realidade não é fácil. E talvez mesmo impossível.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Sonhos..?..se calhar não...
São extremamente esquisitos os sonhos que temos às vezes. Tipo, sonhar que estamos a dormir e que de repente uma das gavetas da mesa de cabeceira fica estranhamente de lado, e de forma inexplicável sentimo-nos obrigados a sair da cama e a tira-la para fora, e de repente outra das gavetas abre-se, e tiramos-la para fora também e depois metemos rapidamente as duas lá pra dentro.
Esquisito? Bastante.
Bem o que eu sei é que no dia a seguir estava a mesa de cabeceira toda de lado quase no meio do quarto. Ou seja, eu de facto fiz aquilo com que sonhei, mas quando estava a sonhar, não estava a controlar o que estava a fazer e ainda por cima, não me estava a ver na primeira pessoa, mas sim na terceira pessoa, como naqueles jogos de plataformas.
Demasiado esquisito.
Aliás, nós usamos frequentemente expressões do género "o meu sonho era ter um Aston Martin Vanquish V1000000000", que são absolutamente e totalmente dessincronizadas, pois aos sonhos o que mais falta é sentido e lógica. Bem.....querer ter um Aston Martin V1000000000 também não é uma decisão com muita lógica visto essa porra beber 40 litros aos 100.
Enfim, os sonhos são todo aquilo que desejamos, ambicionamos, e que sabemos que provavelmente não iremos atingir.
Mas pode ser que até consigamos.
O mais certo é nunca conseguirmos.
Mas vai-se tentando.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Vou ver se vou ver
Isso sim são filmes!! Não é aquelas tretas/porras americanas com que somos fuzilados todos os sábados e domingos de tarde. Sim, porque não venham cá dizer que não vêem!! Toda a gente vê! E mais que uma vez!!
Por exemplo, o Walker, O Ranger do Texas, só tem dois níveis intelectuais. Tem o nivel básico simples e rudimentar, e também óbvio da historia, e o nível do pontapé de bicicleta muito natural e espontâneo, que o Walker crava na cara dos ditos "maus". E o pontapé só não foi incluído no nível um porque anda um mito urbano por ai, que diz que o Walker é de facto cinturão negro de uma actividade marcial asiática qualquer.
Ou seja, pesando os pratos da balança, chegamos à conclusão que a única utilidade destes ditos conteúdos audiovisuais degradantes é mesmo facilitar a nossa compreensão do inglês.
É verdade. E não digam que não.
Sendo fim-de-semana e tendo um exame na segunda feira, quem é que não se sente tentado a "descansar" um pouco a ver televisão? Até podia ser o Preço Certo Em Euros, desde que o intervalo de "descanso" ronde os 20-25 minutos.
Ora ai está. Matrix, bom. Walker, mau. Tendo exame, até as televendas servem perfeitamente.
terça-feira, 3 de julho de 2007
...
Esta é a palavra que interessa.
E não é uma palavra qualquer, como mesa, cadeira ou transposição. Mas sim uma palavra, que pode mesmo ser "a palavra".
Volition é a nossa vontade, é o nosso poder de escolha.
Procurando num dicionário de referência descobrimos o seu significado:
- potência ou faculdade interior, em virtude da qual o homem se determina a fazer ou não fazer alguma coisa;
Ou seja, volition, não é mais que o poder de pudermos decidir, de pudermos resolver as coisas de forma livre, consciente, e de acordo com nós próprios.
E tendo volition como palavra-chave, este blog vai expor ideias, pensamentos e críticas que podem até ser completamente dessincronizados, mas que são o reflexo de uma volition em não aceitar o que nos é posto à frente. Mas de procurar uma verdade interior.