sexta-feira, 17 de agosto de 2007
stay.......
Bem.
Aquando da criação deste blog, pensei que podia ter como "pseudo-mote": evitar o uso excessivo de palavras em inglês. É que já somos transbordados e inundados de "inglismos" todos os dias.
De qualquer forma, desta vez não podia haver excepções.
E a excepção está no titulo do post e no fundo da página.
E sendo esta excepção um filme até podemos explorar um pouco esse mundo maravilhoso que é a 7ª arte. Tipo, claro que gosto de consumir (como quase toda a população que vê filmes) os clássicos boxoffice, os grandes filmes mainstream que fazem milhares de milhões de euros.
Mas não é ai que reside o meu interesse principal. Filmes psicológicos esses sim, estão no topo das minhas prioridades. O uso do termo psicológico, não implica necessariamente e obrigatoriamente que o filme tenha um "Hannibal" a exterminar pessoas de forma inteligente. Filme psicológico é um filme que desperta a mente, que nos leva a repensar a história duas vezes. Não tem de ser necessariamente de carácter sério, até pode ser uma comédia. A única coisa que é realmente necessária é o momento. É aquele pequeno (ou até grande) jogo entre sequências de planos, frases e sons que nos elevam a existência. Que nos abrem as portas para um novo horizonte, que até ai não estava claro. Esse sim é o momento chave. É o momento que faz valer os quase 5 euros que demos para estar a ver aquele filme numa sala de cinema a sério (e não na nossa casa com um pseudo lcd e com um sistema de som 5.1 do Feira Nova...).
São estes filmes que eu defendo. Os filmes que de facto conseguem chegar até nós.
Como sugestão fica aqui este filme ( que também é "excepção"...) que faz parte dos que eu defendo:
"Stay", realizado por Marc Forster
com Ewan McGregor, Ryan Gosling e Naomi Watts.
2005
(de acrescentar que este filme não foi um grande sucesso de bilheteira)
(mas eu gosto dele à mesma..,)
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Um vazio de tudo e um cheio de nada
Bem.
Este titulo é bastante horrível. Mas até vai acabar por fazer sentidode forma absurda.
Tipo. Aquelas frases "pseudo-geniais" que aparecem à frente dos nicks no MSN, e que inundam os fotologs. São essas mesmas. "um vazio de tudo e um cheio de nada" parece que cumpre todos os requisitos para entrar neste universo. Ora estas frases, não passam de representações escritas de momentos com alguma intelectualidade, esboços de ideias, mas a sua maioria são simplesmente vagas.
Mas este indefinição nem sempre é sinal de uma falta de representação física.
Eu consigo encontrar um vazio de tudo e um cheio de nada na realidade.
Torna-se sempre difícil para mim conseguir compreender aqueles "pedidores" das campanhas da luta contra a sida. Não estou a falar dos "pedidores" que são mesmo da campanha da luta contra a sida. Estou a falar dos " "pedidores" " que inundam as ruas das cidades. Têm umas impressões ranhosas que dão origem à cartões de identificação muito fidedignos. Tão fidedignos que mal começam a falar connosco a primeira coisa que fazem é espetar com os cartões na nossa cara para que já estando o cartão mostrado (e bem mostrado, diga-se...) não hajam sequer hipótese daquilo voltar à baila. E depois vem logo a seguir as 5 frases chaves, que são ditas/lidas ao dobro da velocidade. E depois as frases de "mantimento" de conversa enquanto estamos a escravanhar o porta moedas à procura de 2 euros, do género "Então os estudos? E a vida?". E depois de uma intensa procura no meio de um emaranhado de papeis e capas (que supostamente sugerem muito trabalho) vem sempre o sinal de recompensa por parte dos " "pedidores" ", aquele laço vermelho. No outro dia até vi uma " "pedidora" " que tinha laços cor-de-rosa (será que também é pra sida??). Ora é aqui mesmo que eu encontro este vazio de todo e um cheio de nada. Não é ter pena destas pessoas, mas sim desejar que de facto conseguíssem dar um bom rumo às suas vidas. Dar um rumo cheio de um futuro de boas oportunidades, mas nunca completamente vazio do seu passado. Nunca esquecer o passado, mas sim aprender com ele.
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