sábado, 20 de junho de 2009

Capítulo 2: Máquinas (outra vez...)


Boas.
Como já saberão, a minha relação com maquinas em que tem de se meter dinheiro é abaixo de mã.
Detesto máquinas em zonas públicas!!
A ideia delas até é gira, ajudar com os trocos, menos empregados, despachar o serviço depressa, mas que, nunca funcionam decentemente!!
Mas para não parecer que sou só eu a exagerar, vou dar algumas Imagens Reais.

O drama!

O horror!

A tragédia!


Prosseguindo.
O hipermercado perto de onde moro, é super fantástico.
Preços razoáveis, produtos da marca super decentes. Poderá-se até comparar com o Pingo Doce, vá lá.
Mas como a crise chega a todo o lado, decidiram meter algumas caixas automáticas.
O cliente é que faz tudo.
Passa os produtos, mete na saca, meta as moedas, apanha o troco.
Aqui é tipo moda. Todos os supermercados têm.
Mas o problema é que enquanto nos outros supermercados as caixas estão lá paradinhas, e só usa quem quer, neste há sempre um empregado a despachar gente para lá!
É o que eu mais detesto!!
Vejo o moço a vir, e encosto-me o mais possível a uma das caixas a tentar já meter o cesto em cima, e tirar coisas.... Não vale a pena.
Não só me convida, como até leva o cesto e tudo!
É absurdo.
Chegando à maquina, já sei que vai correr mal.
Passo os produtos tudo bem, mas pego na minha saca que trago, e a máquina começa a dizer que há um objecto estranho! E não deixa continuar! E o pior é que a saca até é lá do supermercado! Ou seja eu a tentar ser amigo do ambiente, mas não, é um "objecto estranho".
Chama-se o homem para vir resolver.
Prossegue-se, paga-se, e a maquina não aceita a nota. Manda sempre para fora! Mas o raio da nota é verdadeira (sim, era..), porque não há de aceitar??
Chama-se o homem para vir resolver.
Estas máquinas são o cumulo!

Outro caso é a fantástica máquina de lavar da residência.
Ia todo carregado de tralha (roupa) para lá, meto a roupa, o produto, vou para pagar e quê?
Só tenho moedas de 2 libras.
E a lavagem só custa 2 libras!!
Mas não aceita moedas de 2 libras!!! Nem cascalho.
Solução? Meti uma de 2 na mesma.
E deu!!
E o papel diz que não dá!!!!
Sinceramente...


O mundo das máquinas pseudo-industriais é um mistério para mim.
Raramente funcionam, são muito mal concebidas em termos de design, e raramente funcionam.
Eu disse raramente funcionam?? Ok ok, só para confirmar.


P.S.:
1) Ao nível das máquinas, o evento que me aconteceu de a máquina aceitar o que não devia aceitar, considera-se "um milagre".

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um Conto na Lixeirada



No outro dia decidi efectuar uma sessão de organização de lixeirada.
O nome mais correcto para descrever esta actividade provavelmente não é este, mas para o que é dá.
É fantástico a quantidade de coisas que se encontra quando se faz arrumações. A enorme quantidade de lixo que guardamos sem necessidade nenhuma.
Eu estou a por aqui o plural, mas falo basicamente por mim. Acho que sou o exemplo máximo de mã arrumação.
Claro que com os anos, lá se vai ganhando algumas técnicas, e pontos de decisão sobre o que é necessário ou não. Mas ainda estou longe de aceitável.
Ainda me lembro de arrumar as gavetas do meu quarto e encontrar todo o tipo de artefactos.
Desde Dot's a pentes pré-históricos, manuais de instruções de videos que já estavam no lixo à mais de dez anos a simplesmente talões de compras de dois pacotes de Trident.
Mas era genial.
Mas desta vez não eram talões, ou plásticos onde o MP3 vinha quando o tirei da caixa, mas sim puras pérolas.
Não reluzem muito é verdade, mas trazem grandes recordações.
E no meio delas encontrei este fragmento de história, que sempre me intrigou, e que nunca fui capaz de perceber completamente.
Não é verídico, mas também não é um mito.
Não é uma alucinação causada por consumo abusivo de LSD, mas certamente não é uma peta.
Não é a letra de uma canção para o Festival da Eurovisão, mas se fosse até podia dar para perdermos outra vez. (Sim, é impossível ganhar. Ainda não perceberam?)
Não é um desabafo reles, mas também não está desprovida de uma profunda marca emocional.
Atrevo a chamar-lhe apenas...
Uma história.

"Uma vez estava numa esplanada no Porto e vi um homem e uma mulher de mão dada.
E vinham a descer a rua.
E vinha um tipo a subir a rua.
Então eu montei logo que o gajo e a gaja eram casados, e vinha o amante a subir.
Mas o gajo (amante) tinha tendências homosexuais, pelas suas vestimentas.
Então eu supôs que enquanto eles se cruzavam, estavam a trocar olhares..."


Fantástico!!
O pormenor.
Brilhante!!
A delicadeza das ligações entre eventos.
Avassalador!!
O profundo sentimento que corre entrelinhas.


Pena ser apenas um fragmento.
Mas um fragmento que pode ser acabado.
E para isso deixo aqui um espaço aberto para discussão, e liberdade artística para tentar finalizar de forma esplendorosa, o fim deste magnífico conto.
Conto com a vossa participação!
E quem sabe, talvez possamos vir a ver a versão mais pura desta história...