domingo, 23 de setembro de 2007

eu não sou ninguem


É bastante absurdo estar a puxar este assunto agora, ainda por cima tendo a RTP cortado a série ao meio, e a 4ª temporada ainda estar para vir.
Mas estava eu a ver um programa, da dita RTP, de nível bastante medíocre (..operação triunfo 7.....ou 8....não faz diferença.....não mudam muito na qualidade..), quando ouço uma música que incluiram numa das partes em que apresentam os ""cantores"". Ora, essa música era do LOST. E naquele momento lembrei-me da série, da história, de todos aqueles pequenos pormenores, e recuos ao passado das personagens que tornavam a série um grande trabalho. E a música reflectia isso. Reflectia todo o que a série consegue expor. Conseguia expor a angustia humana, as dúvidas e incertezas que nos cercam a toda a hora. Acima de tudo, mostra que estamos sozinhos, presos no nosso ser.
Mas ao mesmo tempo, também abre perante nós a saída para estes dilemas.
O próximo.
O outro.
As pessoas que nos rodeiam.
O saber viver em sociedade.
Saber aceitar as pessoas.
Com mais ou menos defeitos. Com personalidades mais ou menos complicadas.
Mas acima de todo
encontrar um reflexo de nós.

Muita lamechice neste post. É verdade. Mas tantas vezes sentimos que não somos ninguem, perdidos.
Mas não é preciso caminhar muito para encontrar a saída.
Está bem mais próxima do que pensamos.



O filme Lost in Translation também cai nisto.
E é Lost também.

3 comentários:

Anónimo disse...

a anatomia de grey põe-me a chorar mais depressa... -.-'

Anónimo disse...

Freud uma vez disse "A civilizaçao prefere entrar num labirrinto sem fim sabendo k nunca de lá sairá mas é exactamente isso que a alimenta! a civilizaçao nao tem coragem para se encontrar, preferindo seguir o labirinto feito por outros [...] enfim perdendo-se definitivamente para a razao pela qual foi criada"

e kual foi a razao pela kual a civilizaçao foi criada? R: para se perder claro!

Freud, 1957, "A civilizaçao e os seus medos".

Anónimo disse...

sou um espaço perdido na floresta da vida...